O hospital Sírio-Libanês informou nesta sexta-feira (20) ao juiz Sergio Moro que não localizou registros de entrada de Roberto Teixeira, advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na sua unidade durante o segundo semestre de 2015. O magistrado queria confirmar se Teixeira encontrou-se com Glaucos da Costamarques no período em que o empresário esteve internado no hospital, entre 23 de novembro e 29 de dezembro de 2015.
Proprietário do apartamento ao lado de residência de Lula, que é alugado pela família do ex-presidente, Costamarques afirmou, em depoimento a Moro, que assinou todos os recibos de alugueis do imóvel de uma só vez, após visita de Teixeira ao hospital.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, Costamarques seria uma laranja de Lula, o dono real do apartamento, adquirido com dinheiro de propina da Odebrecht, em troca de contratos com a Petrobras.
Cristiano Zanin Martins, advogado de Lula, afirmou que a resposta do hospital Sírio-Libanês “derruba” a versão de Glaucos da Costamarques sobre os recibos e que, “possivelmente, por já saber desse terceiro ofício, de 18 de outubro, a Lava Jato apresentou ontem [19 de outubro] uma nova versão dos fatos, agora com ligações telefônicas. A Lava Jato muda os fatos para acusar o ex-presidente Lula à medida em que vai sendo desmentida”.
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