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Trânsito complicado até nas calçadas: bicicleta divide espaço com pedestres

Carros de passeio, motocicletas, bicicletas, carroças, ônibus, ciclomotores, caminhonetes e caminhões... Dourados cresceu e o número de veículos transitando pelas ruas também, são cerca de 130 mil circulando todos os dias, segundo dados do Detran (Departamento de Transito) em Dourados.

E as bicicletas acabaram ficando sem espaço em meio aos carros. Assim, é comum ver ciclistas trafegando pelas calçadas, principalmente, na área central.

Apesar de muitos acharem normal, a bicicleta é considerada um veículo e deve obedecer as regras de trânsito, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito (CTB), sendo que na calçada, deve permanecer desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres”- conforme o artigo 68, paragrafo 1º.

O operador de máquinas, Maurício de Souza, é contra os ciclistas trafegarem junto com os pedestres, “não pode, porque atrapalha, incomoda, nós temos que estar desviando deles. Fica perigoso para o ciclista andar na rua, porque já está apertada, como vai fazer não sei, mas teria que dar um jeito!”.

Já a dona de casa, Geneci de Melo, apesar de saber que é proibido, defende que os ciclistas podem andar na calçada, “não tem como eles andarem na rua, porque é perigoso com os carros, o ideal seria uma ciclovia, pois não tem espaço para eles na rua então eles se protegem na calçada”.

O estudante, Rodrigo Ortega, 20 anos, anda pela cidade de bicicleta e acha perigoso trafegar pelas ruas centrais, “no centro não tem espaço para bicicleta, então ando pela calçada, é perigoso, mas é mais perigoso andar na rua. As pessoas que estão na calçada falam para eu sair de lá, sei que não pode, contudo é mais seguro para mim, em outros locais da cidade ando pela rua ou ciclo-faixa”.

Nivaldo Pacito, vê a todo momento ciclistas passando em cima da calçada em frente de seu comércio, “tem que uns que passam muito rápido, é perigoso atropelar pessoas que estão saindo das lojas. Porém na Marcelino Pires não tem como fazer ciclo-faixa, já vi muitos acidentes de motoristas que abem a porta do carro e o ciclista acaba se machucando”.

Segundo o agente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), identificado apenas por Nascimento, os ciclistas são orientados quando flagrados, mas muitos não respeitam, “vemos toda hora, orientamos que não pode, mas são raros os que param e escutam, muitos passam correndo. O ciclista deve respeitar a sinalização conforme o CTB, não notificamos, pois se fossemos notificar teríamos que remover a bicicleta até o Detran, já que não tem placa”.

De acordo com o diretor da Agetran, Walter Hora, em Dourados existem oito ciclo-faixas e a prefeitura está realizando um trabalho de readequação do trânsito, já que o número de bicicletas diminuiu e o de motos aumentou.

“O plano da administração é fazer um grande investimento no transporte coletivo, fazendo assim com que as pessoas prefiram deixar o carro e a moto em casa. Serão duas estações de integração – uma próxima do Monumento ao Colono e outra no Parque Antenor Martins – com ônibus grandes, que transitarão em uma faixa preferencial, e ônibus pequenos trazendo as pessoas dos bairros. Com isso, acreditamos que diminuirá o número de carros nas ruas e sobrarão mais espaços para estacionamentos 

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