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Comércio da Capital fechou 1.051 vagas de trabalho em 2015

Saldo acumulado de janeiro a maio é 231% menor que o de igual período de 2014

Com poder de consumo reduzido, sul-mato-grossense tem freado o movimento no comércio (Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado)

Com 1.051 postos de trabalho fechados de janeiro a maio deste ano, número 231,5% inferior ao total registrado no mesmo período do ano passado, o comércio de Mato Grosso do Sul apresentou o pior saldo de empregos com carteira assinada da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em 2003. 

No ano, o segmento ficou atrás apenas da construção civil (com saldo negativo de 1.194 postos de trabalho) em menor índice de geração de empregos.

Em cinco meses, foram contratadas 31.313 pessoas, mas 32.364 perderam seus empregos no setor, como reflexo da passagem da recessão técnica, no fim do ano passado, para um cenário de recessão instalada na economia nacional. A má notícia é que o cenário de desemprego reúne todas as condições para agravar-se, diante da retração de consumo, aumento da inadimplência e expectativa de novos reajustes de preços administrados pelo governo. 

“Já saímos (Brasil) da recessão técnica, no fim do ano passado, mas entramos numa profunda recessão agora, por falta de alinhamento econômico, não realizado durante a crise mundial. 

Não criamos condições para enfrentar o cenário de agora e sobreveio a crise que afetou primeiramente a indústria e agora acarreta o fechamento de postos de trabalho no comércio.

Quem tem 10 funcionários vai fazer de tudo para continuar operando com oito, ou o menos possível. Penso que essa crise só deve ser amenizada no próximo ano”, analisa o economista Thales de Souza Campos.

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