Buscar

Dólar sobe 0,25% e fecha em R$ 3,737, na 4ª alta consecutiva

Na véspera, o dólar subiu 1,72%, a R$ 3,7281 na venda.

Cb image default
Divulgação

O dólar fechou em alta de 0,25% nesta terça-feira (29), cotado a R$ 3,737 na venda, em um pregão marcado por alta volatilidade. Os investidores seguem de olho nos impactos da greve dos caminheiros na economia e na atuação do Banco Central no câmbio.

A moeda americana oscilou entre R$ 3,7126, na mínima do pregão, até R$ 3,7695, na máxima.

"O feriado nos Estados Unidos e Reino Unido na véspera enxugou a liquidez e deixou o mercado meio sem rumo. Houve certo exagero...Hoje o investidor chegou assustado e deu aquele estresse da abertura", explicou à Reuters o gerente de câmbio da Treviso Corretora Reginaldo Galhardo, acrescentando que após o salto o mercado engatou uma leve correção.

Na véspera, o dólar subiu 1,72%, a R$ 3,7281 na venda, no terceiro dia de alta consecutiva.

Greve dos caminhoneiros

Parte dos caminhoneiros entrou no nono dia de paralisação, mesmo após o governo anunciar acordo para reduzir o preço do diesel nas refinarias, prazo mínimo de 30 dias para reajuste do preço do combustível, preço mínimo do frete, redução do frete para autônomos, isenção de pedágio para caminhões de eixos suspensos. O abastecimento de combustíveis está melhorando, mas ainda é ruim em alguns estados, segundo a ANP.

O custo dessas medidas para os cofres públicos é estimado em R$ 9,5 bilhões até o fim do ano. O dinheiro deverá vir de uma "reserva" no orçamento e de cortes de despesas, mas o governo não descartou aumentar impostos.

Cenário externo

No exterior, voltam a pesar as incertezas associadas ao cenário político na Europa. Nos últimos dias, o aumento das tensões políticas na Itália tem elevado a expectativa de que ocorram novas eleições para o parlamento, o que poderia fortalecer a Liga Norte e o Movimento 5 Estrelas, considerados contrários à união monetária, de acordo com o Valor Online. Com a liquidação no mercado de títulos italiano, o euro opera em queda.

Além disso, o cenário político na Espanha tem levado à discussão da destituição do primeiro-ministro, Mariano Rajoy.

O dólar também subia ante as divisas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

Intervenção do BC

Diante da escalada do dólar, o BC anunciou na segunda-feira (28) que continuará atuando no mercado de câmbio por meio da oferta extra de swaps cambiais.

"(O anúncio) acabou trazendo certa resiliência ao real, mas o fluxo de estrangeiros pode dificultar o sucesso do BC. De um modo ou de outro, o BC está garantindo mais hedge a fim de aliviar a volatilidade", justificou a corretora H.Commcor em relatório.

Os leilões diários com 15 mil contratos de swaps cambiais adicionais vão se manter até o final de maio e durante o mês junho. A medida foi adotada pelo Banco Central há duas semanas, quando o valor ofertado diariamente passou de US$ 250 milhões para US$ 750 milhões.

A partir de 1º de junho, terão início os leilões para a rolagem integral de 175.230 contratos que vencem em 2 de julho. A rolagem é feita para substituir contratos com vencimento próximo por outros de maior prazo.

Neste mês, O Banco Central já vem renovando integralmente os 113 mil contratos que venceriam no próximo dia 1º e que somam US$ 5,65 bilhões.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.