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Dólar tem maior alta desde julho e passa de R$ 2,26; eleições preocupam 

O dólar comercial fechou em alta de 1,16%, negociado a R$ 2,266 na venda nesta segunda-feira (8), por causa da incerteza dos investidores em relação ao cenário eleitoral.

É a maior alta percentual diária desde 31 de julho, quando a moeda tinha subido 1,21%. É também o maior valor de fechamento desde 25 de agosto, quando o dólar valia R$ 2,291.

Cenário eleitoral

A alta do dólar foi impulsionada por incertezas sobre as próximas pesquisas eleitorais.

De acordo com a agência de notícias Reuters, investidores temem o impacto eleitoral de notícias sobre um suposto esquema de pagamentos de comissão a diversos parlamentares em contratos da estatal Petrobras (PETR4).

Segundo a Reuters, alguns investidores temem que as notícias custem votos à candidata Marina Silva (PSB), vista pelo mercado como uma alternativa à presidente Dilma Rousseff (PT), após o nome do falecido candidato do PSB, Eduardo Campos, ter sido citado no escândalo.

O principal risco é de que Marina tenha atingido o limite (de crescimento nas intenções de voto) e agora o mercado começa a se preocupar que Dilma pode se recuperar, afirmou um estrategista à agência.

Embora vários parlamentares ligados a Dilma também tenham sido citados no escândalo, analistas acreditam que a base de votos da presidente, formada por eleitores que se beneficiam de seus programas sociais, deve sofrer menor impacto.

A partir de terça-feira, será divulgada pesquisa eleitoral do Datafolha.

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