Em tempos de crise, Procon lança programa para ajudar a sair do sufoco

Para ajudar as pessoas endividadas a enfrentar a crise e conseguir colocar as contas em dia, o Procon de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, lançou o programa “Saindo do Sufoco”. Com apoio da prefeitura e em parceria com a universidade particular Unigran, o órgão municipal de defesa do consumidor vai oferecer consultoria de graça através dos cursos de ciências administrativas e contábeis.

De acordo com a prefeitura, o objetivo do programa é reduzir o número de pessoas endividadas, ajudando-as com auxílio de profissionais a negociar dívidas com cartão de crédito, financiamentos, cheque e crediário em lojas.

Para receber ajuda, basta o morador procurar o Procon de Dourados e apresentar as dívidas. O órgão vai chamar os credores para uma audiência extrajudicial e atuar como intermediário para negociar as melhores condições de pagamento.

O programa foi criado através de uma parceria firmada pelo prefeito Murilo Zauith (PSB), pelo diretor do Procon Rozemar Mattos, pelo procurador geral do Município, Ilo Rodrigo de Farias Machado, e pelo auditor da Unigran, Domingos Renato Venturini.

Murilo afirmou que a intermediação do Procon nessas situações vai possibilitar ao consumidor resolver questões financeiras e pegar as dívidas sem prejudicar o orçamento familiar.

Orientações sobre orçamento – Além da ajuda para a negociação das dívidas, o Procon vai realizar palestras para orientar sobre orçamento e controle financeiro. Com a orientação, o morador poderá organizar melhor o controle de suas contas e descobrir caminhos mais fáceis para saldar débitos e saber se o que está sendo cobrado é legalmente permitido.

A Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados) e a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) confirmaram participação no programa, que vai ajudar o comércio local a receber dívidas antigas e permitir que o consumidor retome o crédito.

Em Dourados, pelo menos 35 mil consumidores estão inscritos no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). O total das dívidas dessas pessoas nas lojas locais passa de R$ 16 milhões.