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Valorização do dólar provoca reflexos na economia brasileira

Do início do ano até agora, valorização da moeda chega perto de 7%.Muitos preços do dia-a-dia são cotados internacionalmente, como o trigo.

A cotação do dólar teve mais um dia de forte alta e fechou acima de R$ 2,83. Do início do ano, até agora, a valorização da moeda norte-americana chega perto dos 7% e nas casas de câmbio, a procura já aumentou.

Quando muita gente quer, o preço sobe. E foi tanta gente querendo dólar, que a moeda americana subiu ao maior patamar em 10 anos e fechou a terça-feira (10) cotada a R$ 2,83, alta de 2,12%.

A corrida pelo dólar teve vários motivos, como as preocupações com o exterior, com a desaceleração da China e a crise da Grécia, e dúvidas sobre a economia brasileira.

“O real tem sofrido mais, tem se desvalorizado mais que outros pares latino-americanos e isso indica que há fatores domésticos como determinantes para essa maior desvalorização”, explica Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho.

Todo mundo acaba sentindo a alta do dólar, mesmo que não tenha planos de viajar para fora ou dívidas na moeda americana. É que muitos preços do nosso dia-a-dia são cotados internacionalmente; por exemplo, o trigo, que na conversão fica mais caro e faz subir o preço do pãozinho. A mesma regra vale para o leite, já que os produtores vão acabar gastando mais para comprar ração e farelo de milho.

E se o real passa a valer menos, todos os nossos investimentos também têm perda. “Muita gente pensa que, porque mora no Brasil, isso não é muito importante, mas na verdade é. O padrão internacional é o dólar e nossos ativos estão perdendo valor, nossa economia está perdendo competitividade e isso acaba causando problemas para todo mundo”, diz o economista Luiz Fernando Roxo.

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