Publicado em 29/04/2019 às 15:19, Atualizado em 29/04/2019 às 19:21

De olho no Fundeb, professores da capital dão ultimato por reajuste salarial em Campo Grande

Cerca de 10 mil professores cobram cumprimento de lei sobre piso salarial, estagnada desde 2015; reunião acontece na terça-feira (30)

Amanda Amaral, Top Mídia
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Divulgação

As tratativas que se estendem há anos entre prefeitura de Campo Grande e professores da Reme (Rede Municipal de Educação) devem ter novo capítulo apresentado na tarde da próxima terça-feira (30). Na data, diretoria da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação) se reúne com o prefeito Marcos Trad (PSD) na expectativa de receber proposta sobre reajuste salarial.

Conforme o presidente do sindicato, Lucílio Nobre, o município tem como obrigação prevista em lei o pagamento de 4,17% de correção anual do piso nacional, que contemplaria cerca de 10 mil profissionais, entre eles aproximadamente dois mil aposentados. Soma-se ainda 17% do reajuste retroativo, não cumprido desde 2015.

“Esperamos que o prefeito tenha proposta para continuar as tratativas referentes ao cumprimento integral do piso, conforme foi publicado ano passado, se comprometendo a cumprir integralmente o piso por 20 horas para o professor”, cita Nobre.

A categoria se reuniu em duas ocasiões com a Secretaria Municipal de Finanças e Secretaria Municipal de Educação, mas nenhuma perspectiva de pagamento foi apresentada. A prefeitura justifica que não tem dinheiro para pagar e que está no limite dos gastos prudenciais nas folhas de pagamento e baixo ICMS.

Contudo, os professores não devem aceitar sair sem ao menos um plano de solução da reunião no Paço Municipal. “Caso o contrário, sem nenhuma proposta, tem que chamar a categoria e decidimos algo em conjunto. Acredito que prevaleça o diálogo, como tem prevalecido dos últimos anos”, pontua.

O representante da ACP ressalta que a categoria tem um fundo próprio, dinheiro do governo federal, e não depende exclusivamente do município. “Esse fundo tem em torno de 39 milhões em média, é dinheiro carimbado que paga mais de 75% da folha, e tem que aplicar, quando um professor vai tratar da correção do piso, reajuste, já temos um grande quantitativo garantido. Não dá pra dizer que o prefeito não tem dinheiro para a correção do piso nacional”, finaliza.