Publicado em 03/06/2015 às 06:38, Atualizado em 26/10/2016 às 12:12

Fetems acata proposta do TJ/MS e o fim da greve pode ocorrer nesta quarta

Fagner de Olindo, Campo Grande News
Professores estiveram hoje de manhã na Assembleia Legislativa pedindo apoio dos deputados ao movimento grevista, que pode acabar nesta quarta. (Foto: Divulgação/Fetems)

Os presidentes de 73 sindicatos municipais filiados à Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educaçãode Mato Grosso do Sul) participaram na tarde de hoje, 2, de uma reunião na sede da entidade em Campo Grande e aceitaram a proposta do (TJ/MS) Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, apresentada pela manhã em audiência de conciliação entre o Governo e representantes dos educadores. Nesta quarta-feira, 3, a base vai debater nos municípios e a greve pode chegar ao fim.

A direção da Fetems explicou que a reunião do Conselho de Presidentes não é deliberativa, por isso não poderia decidir nada. A reportagem apurou que os presidentes acataram a proposta do Tribunal e devem encaminhar, no primeiro horário desta quarta-feira, nas assembleias municipais, pela suspensão da greve da categoria. A decisão de cada sindicato municipal será trazida para assembleia geral da Federação, em Campo Grande, no final do dia.

A expectativa é que nesta assembleia na Capital seja aprovada o fim da greve ainda nesta quarta-feira. O presidente da Fetems Roberto Botarelli não quis opinar a respeito das proposta e disse que a base é que vai decidir sobre o fim da paralisação.

Vejam abaixo os sete pontos apresentados no Termo de Conciliação do TJ/MS, que serão avaliados pelos trabalhadores em educação e que podem por fim à greve.

1 - Repasse do reajuste anual do piso nacional dos professores, a cada mês de janeiro, mais 4,37% em outubro, até 2021, para professores de 20h semanais (nível 1, classe A). 

Assim, eles receberão 100% do piso nacional a partir de 2021, dobrando o valor do piso de 40h;

2 – Discutir a antecipação da data base dos funcionários administrativos da educação, do mês de maio para janeiro, em conjunto com as demais entidades sindicais;

3 – Pagamento da diferença da hora-atividade de 2013 (quando os professores deveriam cumprir 33% e cumpriram somente 25%), a partir de janeiro de 2016, somente para professores que estavam em sala de aula naquele ano;

4 – Prorrogação do concurso público do magistério (finaliza no próximo dia 13 de junho);

5 – Convocação de 500 professores aprovados no último concurso em julho e mais 500, em janeiro de 2016;

6 – Garantir que o funcionário administrativo, com nível superior, possa ser eleito diretor deescola;

7 – Permitir que as escolas de tempo integral realizem eleições diretas para diretor.

O governo do Estado divulgou que vai aguardar o fim do movimento grevista, iniciado no dia 27 de maio, para avaliar as propostas do Tribunal de Justiça. Já a direção da Federação considerou positivo o fato de o governo retomar o diálogo com a categoria e revelou que, independente dos sete pontos apresentados na reunião de conciliação na manhã de hoje no TJ/MS, continuam as reuniões com o Executivo para melhorar a proposta.