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Professores prometem marchas e panelaço por reajuste

Escolas estaduais e municipais estão em greve por cumprimento de lei

Professores realizaram passeata por ruas e avenidas de Campo Grande (Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado)

A pressão pelo cumprimento de leis estadual e municipal para integralização do piso salarial dos professores será reforçada por marchas e panelaços em Campo Grande e no interior do Estado. Mobilização, nesta sexta-feira (29), reuniu entre 2 e 3 mil profissionais em passeata por ruas da Capital, tendo sido finalizada com concentração na Praça Ary Coelho.

Em ambos os casos, os educadores exigem cumprimento de percentuais para que recebam piso nacional de R$ R$ 1.917,78 por jornada de trabalho de 20 horas. As leis, aprovadas entre 2013 e 2014, prevêm índices entre 10,98% no Estado e 13,01% no município. Os gestores públicos alegam ausência de recurso e recorreram a Justiça para impedir as paralisações, enquanto professores se unem para fazer pressão nas ruas, Assembleia Legislativa e Câmara Municipal.

“Vamos promover panelaços onde o governador estiver e a greve vai continuar independente de multa”, pontuou o presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), Roberto Botarelli. Já o presidente da Associação Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Geraldo Gonçalves, condiciona ao cumprimento da lei o retorno das aulas.

Benedito Borges, 41 anos, percorreu 88 quilômetros de Corguinho até a Capital para participar de marcha que percorreu ruas e avenidas da região central. Para ele, há 23 anos atuando na rede estadual, o fato de unir professores do Estado e município “mostra a força da categoria”.

Dados dos sindicatos apontam que a adesão a greve mantém fechadas 80% das escolas estaduais e 68% das municipais. A paralisação no Estado dura três dias, contra cinco em Campo Grande. Ainda não há perspectiva de acordo.

Novos protestos estão agendados para sábado, às 9h, na Praça do Rádio Clube junto com outras categorias de servidores estaduais. Há ainda previsão de retorno dos professores da Capital às ruas na terça-feira (2), a partir das 8h, na Praça Ary Coelho.

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