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2 anos após queda, saúde de Schumacher é cercada de mistério 

Em 29 de dezembro de 2013, o mundo do automobilismo foi atingido em cheio por uma notícia das mais tristes. De férias na estação de esqui de Meribel, nos alpes franceses, Michael Schumacher esquiava na companhia de seu filho Mick, na época com 14 anos, quando caiu e bateu a cabeça em uma pedra, quebrando o capacete que utilizava. 

O impacto fez o alemão ter trauma cerebral. Para reduzir a pressão intracraniana, os médicos que o atenderam e o levaram para um hospital em Grenoble, próximo ao local, o induziram ao coma.

Começava ali dois anos de muito mistério. Despertando o interesse mundial, a porta do hospital francês foi altamente concorrida por jornalistas e fãs nos dias seguintes. Teve até mesmo jornalista fantasiado de padre entrando no hospital para tentar conseguir informações sobre o estado de saúde de Schumacher. 

Conforme o tempo foi passando, os fãs ficaram reféns das informações oficiais cedidas raramente pela assessora do piloto, Sabine Kehm, e as notícias de outros veículos quase sempre eram desmentidas pela porta-voz. Situação que continua até hoje.

Em 16 de junho de 2014, Kehm informou que o alemão recobrou a consciência, saiu do hospital na França e foi para a Suíça, onde mora, se tratar em uma clínica localizada em Lausanne. Desde o dia 9 de setembro de 2014 Schumacher se recupera em casa. 

A partir de novembro do ano passado teve início uma série de boatos sobre o estado de saúde do maior recordista da história da F1. O britânico The Telegraph disse que o heptacampeão estaria paralisado em uma cadeira de rodas sem conseguir falar e apresentava problemas de memória.

Outro que se manifestou nesta época foi o ex-piloto Philippe Streiff. Tetraplégico após um acidente em Jacarepaguá em 1989, ele disse que o Schumacher já reconhecia familiares, mas não conseguia falar. Tudo foi desmentido por Sabine Kehm. 

No mesmo mês, o site oficial do piloto (www.michael-schumacher.de) foi relançado para comemorar os 20 anos de seu primeiro título, conquistado em 1994. 

Em novembro deste ano, o presidente da FIA, Jean Todt, ex-chefe de equipe da Ferrari, que disse que vê o alemão com certa regularidade, foi vago sobre seu estado de saúde durante uma entrevista. “Michael continua lutando e nós precisamos lutar junto com a família”, falou. 

Neste mês de dezembro, a revista alemã Bunte noticiou que Schumacher já estaria conseguindo andar com ajuda de um fisioterapeuta, algo que a assessora do piloto julgou como irresponsável. “Dada a seriedade do estado de saúde no qual se encontra, privacidade é muito importante para Michael”, disse em comunicado. “Infelizmente isso dá falsas esperanças a muitas pessoas envolvidas.” 

Schumacher foi sete vezes campeão de Fórmula 1 (1994, 1995, 2000-2004), conquistou 91 vitórias, 68 pole positions, 155 pódios e 77 voltas mais rápidas.

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