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Corinthians perde do Goiás no Pacaembu e se complica

Após três jogos, o Corinthians voltou a marcar gol, mas saiu do Pacaembu neste domingo sem motivos para festa.

Após três jogos, o Corinthians voltou a marcar gol, mas saiu do Pacaembu neste domingo sem motivos para festa. Aproveitando-se da ineficiência dos comandados de Tite, o Goiás, que tinha perdido seus dois últimos compromissos, venceu por 2 a 1, gerando a segunda derrota seguida do Timão, a terceira em quatro partidas sem vitória, e complicando o atual campeão mundial.

O Corinthians termina a rodada ainda mais afastado da faixa da tabela do Campeonato Brasileiro que garante vaga na Libertadores do ano que vem, diminuiu ainda mais a possibilidade de ser campeão e ainda motivou seu adversário: o Goiás, agora, tem só um ponto a menos em relação ao campeão paulista.

Mais uma vez, o ataque pode ser responsabilizado pelo resultado. No primeiro tempo, o Timão perdeu gols demais, dois deles com Pato isolando tendo só o goleiro à frente. Na volta do intervalo, o Goiás fez o seu com o ex-são-paulino Hugo, aos 11 minutos. Aos 32, o Corinthians empatou graças a desvio de Ramon após bola que bateu em Pato, mas Amaral garantiu o triunfo alviverde aos 39.

Vaiado por sua torcida, um dos elencos mais caros do futebol brasileiro tenta se reencontrar na quarta-feira, quando visitará a Ponte Preta em jogo marcado para as 21h50 (de Brasília), em Campinas. Já o Goiás, atual campeão da Série B, tenta embalar mais uma vez no Paraná, diante do Coritiba, às 21 horas de quarta-feira.

O jogo –O Corinthians precisou de menos de três minutos para mostrar sua maior deficiência: colocar a bola nas redes. Alexandre Pato, reforço mais caro da temporada no futebol brasileiro, foi o símbolo disso. Primeiro, prendeu a bola limpando cinco defensores com dribles curtos e lentos, perdendo a bola sem decidir entre chutar e tocar. Um minuto depois, sua finta deu certo diante do zagueiro Rodrigo, mas ele isolou.

Os vacilos individuais do camisa 7 eram prejudiciais também porque o atacante era o alvo das jogadas de ataque, aproveitando-se bem da marcação do veterano lateral direito Vitor, enquanto Romarinho ficava preso na ponta direita e Guerrero não conseguia encontrar espaços. Douglas, que poderia tornar todos como boa opção, jogava afastado dos colegas.

Não bastassem os problemas ofensivos, o Timão também sofria com dificuldades físicas. Com menos de oito minutos, Alessandro sentiu dores e acabou complicando a criatividade alvinegra. Edenilson foi deslocado para a lateral direita e Ibson entrou no meio-campo como se fosse um marcador do Goiás, pois tratava as trocas de passes.

Ibson também complicava defensivamente. Os jogadores do time do Centro-Oeste cansaram de desarmá-lo com facilidade e, assim, executaram com tranquilidade o plano de seu técnico. A equipe alviverde se espalhou no gramado, forçando o Corinthians a lançar para Pato, que dificilmente levava a bola à frente com perigo, e facilmente percebeu que poderia surpreender jogando com velocidade nas costas dos laterais de Tite.

Tão irritado quanto a torcida, o técnico do Timão ordenou que Douglas estivesse mais próximos dos atacantes, mesmo que, para isso, os três jogadores mais ofensivos recuassem para iniciar um toque de bola rápido. Assim, Romarinho teve espaço para chutar com perigo e Guerrero voltou a ser alvo de cruzamentos para assustar o goleiro Renan.

O Goiás até conseguiu assustar em cabeçada de Walter na pequena área que desviou em Fábio Santos, mas o Corinthians tinha o controle do jogo, e no seu campo do ataque. Se Ibson estava ‘anulado’, Pato apareceu mais, o que não foi uma boa notícia. Aos 43 minutos, na cara do goleiro após troca de passes na grande área adversária, o camisa 7, na cara do goleiro, que já estava caído, isolou mais uma vez.

O camisa 11, porém, logo mostrou que não seria a solução. Aos 18 minutos, Gil, mais uma vez, virou arma ofensiva, mas lançando com precisão para Romarinho dominar na grande área, deixar um rival no chão e chutar para Renan executar excelente defesa. No rebote, o atacante chutou torto, mas a bola foi ao encontra de Sheik, que estava livre na pequena área, com o gol vazio, e furou. As cadeiras e arquibancadas do Pacaembu sofreram com os chutes e socos de corintianos que não acreditavam no que viam.

Por mais meia hora, os torcedores se olhavam enquanto não fixavam os olhos no campo, xingando ou buscando uma explicação para a incapacidade de seu time em fazer gols. O Goiás, tranquilo, foi reforçando sua marcação com as substituições e desperdiçando contra-ataques.

Até que o sentimento de alívio dominou o Pacaembu. Aos 32 minutos, Douglas cobrou falta da lateral esquerda, Gil desviou e a bola bateu em Alexandre Pato. No caminho, diante da dificuldade corintiana em marcar gols, ela ainda teve que resvalar em Ramon, do Goiás, antes de balançar as redes.

Animado, o Timão acelerou suas jogadas mais uma vez, mas foi o Goiás que saiu satisfeito de campo, além da sua vontade de, ao menos, empatar. As falhas defensivas corintianas voltaram a aparecer e, aos 39 minutos, Amaral subiu sem nenhum incômodo para testar firme após cobrança de escanteio e definir a vitória alviverde.

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