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Guerrero é condenado a um ano de suspensão por doping

O atacante Paolo Guerrero foi condenado a um ano de suspensão por doping para benzoilecgonina

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O atacante Paolo Guerrero foi condenado a um ano de suspensão por doping para benzoilecgonina, um metabólito da cocaína e da folha de coca. O veredito da Fifa foi anunciado nesta sexta-feira, referente a julgamento que aconteceu no dia 30, em Zurique, na Suíça. O teste positivo foi realizado após o confronto da sua seleção contra a Argentina, pela Eliminatórias da Copa, em outubro.

Esse é o resultado do julgamento em primeira instância. O GLOBO apurou que o jogador vai recorrer à Comissão de Apelação, na Fifa, para que não perca a disputa da Copa do Mundo, que começa no dia 14 de junho, na Rússia. Ele também pode não jogar mais pelo Flamengo, uma vez que seu atual contrato termina em agosto, e a punição vai até 3 de novembro de 2018. Ele já estava suspenso preventivamente desde o início de novembro.

A benzoilecgonina está na lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (Wada), e a punição para quem a apresenta em exame de urina é de 4 anos de suspensão. Mas a defesa do atleta conseguiu provar que ele não consumiu cocaína e sim um chá com folha de coca, sem o seu conhecimento, enquanto esteve concentrado com a seleção de seu país, no Peru. Por isso, conseguiu diminuição da pena.

"Guerrero e sua defesa receberam com extrema surpresa e decepção o resultado publicado pela FIFA punindo o atleta com um ano de suspensão mesmo reconhecendo que o jogador não faz uso de cocaína. As provas são contundentes e, somadas à baixíssima concentração do metabólito comum à folha de coca, não justificam em nenhuma hipótese essa decisão. Vamos recorrer até a última instância em busca de justiça e em prol do jogo limpo e do esporte justo", declararam os advogados do jogador. Tanto Guerrero quanto a Fifa podem ainda apelar à Corte Arbitral do Esporte (CAS), a terceira e última instância.

A defesa do atleta chegou levar a nutricionista da seleção peruana, Eudith Saavedra, que lhe receitou o chá, servido pronto por um garçom do hotel, para depor no julgamento na sede da Fifa. Também contou com o auxílio do bioquímico L.C. Cameron, coordenador do Laboratório de Bioquímica de Proteínas da UNIRIO, que conseguiu reunir provas de que a concentração do metabólito na urina do atleta era muito baixa.

Guerrero tem contrato com o Flamengo até agosto de 2018 e já conversava sobre a renovação do vínculo. Mas o caminho mais provável, agora, é a rescisão amigável entre clube e o centroavante. Esse mecanismo está previsto no acordo entre jogador e clube e é padrão para vínculos com os atletas, sem prejuízo ao clube.

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