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'Quero narrar o jogo da Chapecoense em janeiro', diz Rafael Henzel

Jornalista pode ter alta hospital em Chapecó no fim da tarde desta segunda. Sobrevivente da tragédia na Colômbia quer voltar a trabalhar no dia 9.

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Reprodução/RBS TV

"A gente tem que lembrar sempre dos que se foram, mas é preciso dar um passo para a frente", disse o jornalista Rafael Henzel durante a entrevista coletiva no hospital onde está internado em Chapecó na manhã desta segunda-feira (19). O jornalista disse que agora se dedicará integralmente ao tratamento e recuperação das lesões causadas no acidente que matou 71 pessoas na Colômbia para voltar ao trabalho em 9 de janeiro e narrar o jogo da Chapecoense no fim do mês.

Segundo os médicos do hospital, Henzel passou bem a noite e fez exames de controle que estão cada dia melhores. Ele passará por novas avaliações durante esta segunda-feira e pode ter alta no fim da tarde.

“A partir de agora, nada será mais problemas para mim. Vou apresentar programa de rádio com 2ºC e achar ótimo. Estou na fase do agradecimento, tudo é motivo para agradecer, por estar aqui, por ter uma segunda oportunidade, pelos meus amigos. Não sei se vou ser uma pessoa melhor, mas vou me esforçar para entender o propósito, mas já compreendo que podemos recuperar muita coisa com a fé e a gente tem que levar esta mensagem”, afirmou.

O jornalista contou que não teve pesadelos com a tragédia, mas que foi somente em Chapecó que conseguiu dormir por quatro horas seguidas. “A gente vai eternizar a todos que se foram, mas tenho comigo que preciso seguir. 2017 será muito importante para todos nós”.

Há 21 dias fora de casa, desde que saiu para narrar o jogo com o Palmeiras, Henzel faz planos para a volta. “Você poder estar na sua sala, no seu quarto e ficar mais à vontade, não tem preço. Estou muito ciente das minhas limitações. Eu tenho esse problema no pé, mas não vou reclamar dele, jamais. Graças a Deus tive essa segunda chance. Esses 30 a 40 dias em que precisarei para me recuperar me permitirá viver muito mais,”contou.

Neto

O zagueiro Neto, que está internado em Chapecó, caminhou no sábado (17) à noite, no quarto do hospital, pela primeira vez desde o acidente aéreo na Colômbia. Ele teve o auxilio do médico responsável, informou o Hospital Unimed. O jogador pode voltar a treinar em 3 a 4 meses, disse o médico Marcos Sonagli neste domingo (18).

Ainda de acordo com o boletim médico da unidade, divulgado neste domingo, o goleiro Follmann passará por uma nova cirurgia na próxima semana e o jornalista Rafael Henzel segue com previsão de alta na segunda (19).

Em coletiva de imprensa neste domingo, o médico Marcos Sonagli confirmou os primeiros passos do zagueiro, feitos com um colete, para dar um suporte na coluna. Ele teve fratura na quinta vértebra lombar.

"Ele conseguiu caminhar com um pouco de auxílio e não teve dor na região lombar. Ele tem falado que quer voltar a jogar. Isso ele deixa bem claro. Mas a primeira intenção dele é ir para casa", disse o médico.

Ainda de acordo com o médico, o jogador terá que usar o colete por 90 dias, mas logo após poderá voltar a treinar. "Eu acredito que ele já possa estar treinando, dependendo das lesões associadas nos membros inferiores, entorno de 90 a 120 dias, de 3 a 4 meses", complementou Sonagli.

De acordo com boletim médico deste domingo, Neto dormiu melhor e está alimentando-se bem. Oficialmente, no boletim, o hospital informa que não há previsão de alta. Entretanto, a assessoria do hospital confirma que há possibilidade de alta em uma ou duas semanas.

"O plano terapêutico é a manutenção da antibioticoterapia endovenosa, exames laboratoriais e radiografia da coluna lombar de controle", diz o boletim.

Na unidade, ele segue fazendo exercícios de fisioterapia e fonoaudiologia.

Neto foi último sobrevivente resgatado da tragédia com o avião que levava a delegação da Chapecoense. Ele chegou em Chapecó às 21h46 de quinta-feira (15).

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GloboNews

Follmann

Segundo o hospital, na próxima semana está prevista intervenção cirurgica na perna e no tornozelo esquerdo de Jackson Follmann. "O plano terapêutico é a manutenção da antibioticoterapia endovenosa por infecção na perna direita e fratura exposta de pé esquerdo".

Na coletiva de imprensa neste domingo, o médico o médico Rovani Camargo explicou que o jogador passará por um procedimento para colocar o tornozelo em um posição funcional, para poder caminhar, chamada artrodese.

Ainda segundo o boletim da tarde deste domingo, Follmann apresenta quadro clínico estável, mas ainda não há previsão de alta.

Ele está se alimentando adequadamente, mas dormiu pouco. Depois de avaliado pela equipe de fisioterapia, fonoaudiologia e nutrição, ele faz neste domingo exames laboratoriais de rotina.

O jogador teve parte da perna direita amputada, estava internado desde a noite de segunda-feira (12) em São Paulo, onde foi submetido a uma cirurgia.

O goleiro da Chapecoense foi o último sobrevivente brasileiro a retornar a Chapecó. Ele chegou de avião à cidade do Oeste catarinense no início da tarde deste sábado (17).

Alta

O lateral Alan Ruschel concedeu uma entrevista coletiva na manhã de sábado (17), na Arena Condá.

Alan deixou o hospital na tarde de sexta-feira (16). Ele foi o primeiro dos quatro sobreviventes brasileiros a ter alta, 17 dias após o acidente aéreo com o avião da Chapecoense,

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 Sirli Freitas/Chapecoense

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