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“Se não quer ser tocado, vá fazer outra coisa”, diz Layún sobre Neymar

Layún condenou o comportamento de Neymar durante a partida

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Divulgação

O mexicano Miguel Layún criticou o comportamento de Neymar em campo após a eliminação de sua equipe da Copa do Mundo. Nesta segunda-feira, o brasileiro foi vítima de um pisão do rival fora do gramado, porém, a arbitragem não advertiu o lateral-direito.

“Toquei um pouco nele, porque Neymar tentou me impedir quando fui pegar a bola. Eu nem estava olhando para ele. O árbitro me disse que revisaram o lance e viram que não tive intenção de machucá-lo”, afirmou Layún após a partida.

Desde o início da Copa do Mundo Neymar tem sido bastante criticado por conta de supostas simulações em campo após sofrer contato dos adversários. Nos últimos jogos, porém, o camisa 10 mostrou uma postura diferente, reclamando menos e tentando se manter em pé nas disputas, o que não foi reconhecido por Layún.

“Um jogador desse nível vive mais tempo no chão do que em pé. É complicado quando os árbitros permitem isso”, prosseguiu o mexicano, acompanhando o raciocínio de seu treinador, que também condenou a arbitragem na coletiva de imprensa.

“Não caio nas provocações. Ao fim, isso é futebol. Se não quer ser tocado, que vá fazer outra coisa”, concluiu Layún, que teve suas redes sociais invadidas por brasileiros após a partida.

A tensão de Juan Carlos Osorio à beira do campo na Arena Samara ficou refletida em sua entrevista coletiva após a derrota para a Seleção Brasileira por 2 a 0 e a consequente eliminação na Copa do Mundo. Conhecido pela sua cordialidade desde os tempos em que treinava o São Paulo, o treinador do México não poupou a arbitragem do italiano Gianluca Rochi de críticas e citou como “vergonha para o futebol” algumas posturas brasileiras.

Sem citar diretamente Neymar, alvo da maioria dos lances faltosos, Osorio criticou a atenção dada a “um jogador só” e o tempo perdido entre a falta e a reposição da bola em jogo. Para o colombiano, os comandados de Tite abusaram do “fingimento em lances cruciais”.

“Acho que é uma vergonha para o futebol que se perca tanto tempo dando atenção para um só jogador. Acredito mesmo que a veemência com a qual jogamos acabou tensionada e parada na atuação da arbitragem. Cada situação de jogo demorava muito. Uma delas demorou quatro minutos. Foram decisões que influenciaram”, afirmou Osorio, que se exaltou ainda mais.

“Não é um bom exemplo para as crianças que veem futebol o que se viu hoje. É um jogo de homens, como em outros esportes, e não há espaço para tanta palhaçada”, analisou o treinador, que evitou citar diretamente Neymar quanto ao destino de suas críticas. “Eu não o mencionei. Não falei nome algum para vocês. Todos os contatos simples o árbitro parou o jogo com faltas que, infelizmente, nos atrapalharam”, analisou o ‘Profe’, visivelmente irritado.

Em outro trecho de sua entrevista coletiva, o treinador colombiano foi questionado sobre a continuidade do trabalho na seleção mexicana, tema que preferiu “comentar em outro momento”. Depois, mais calmo, analisou a partida e elogiou o time brasileiro que, segundo ele, possui alguns dos melhores jogadores do mundo e um esquema muito equilibrado.

“Jogar uma partida contra o Brasil da forma como jogamos diz muito a respeito do quão bem o México jogou, sobre o nosso estilo. Não tivemos uma qualidade para finalizar, aquela eficácia no toque final. O Brasil é um grande adversário, haja vista os que lá jogam (Gabriel Jesus, Willian, Coutinho, sem falar de Casemiro, Paulinho, do resto). Tem que servir de aprendizado para o México, que precisa ter mais atletas nas grandes ligas”, finalizou Osorio.

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