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Autoridades paraguaias ajudaram na fraude ao fisco de R$ 400 milhões

Quadrilha foi denunciada à Justiça pelo MPF; servidores da Receita integravam o bando

Quadrilha acusada pelo Ministério Público Federal de sonegar cerca de R$ 400 milhões em impostos à Receita Federal teve ajuda de oficial de guarda da Aduana Paraguaia. 

Os produtos siderúrgicos fabricados no Brasil nem chegavam a deixar o País, porém, no papel, eram exportados para a cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, onde graças à participação de um funcionário público paraguaio, Cremilson Alvarez, tinham sua entrada no país vizinho atestada mediante vantagens financeiras. 

Conforme a denúncia, Alvarez se beneficiou do esquema por 13 vezes.

Também acusados de compor o esquema, os funcionários Amilcar da Silva Alves Guimarães e Fernando Jorge Alvarenga Ribeiro, da Inspetoria da Receita Federal em Ponta Porã, teriam facilitado a prática de descaminho por 41 vezes em prol da quadrilha, entre os dias primeiro de março de 2011 e oito de abril do mesmo ano, por meio da internet.

Ao todo, 10 pessoas participavam do esquema. São réus na ação que tramita no Fórum da Justiça Federal de Dourados: Amilcar da Silva Alves e Fernando Jorge Alvarenga Ribeiro, ambos servidores da Receita Federal, além de Fábio Cristiano Rodrigues Pereira, Paulo Roberto Polato, Luiz Carlos Martins do Nascimento, Cleuza Ortiz Gonçalves, Leonardo Rodrigues Caramori, Victor Vinícius Bacelar e Cunha, Joaquim Eustáquio da Cunha, André Ruyter de Bacelar e Cunha.

R$ 400 MILHÕES

A movimentação financeira das empresas envolvidas aponta uma comercialização de R$ 400 milhões sob o esquema fraudulento. A denúncia do Ministério Público Federal é um desdobramento da operação “Bumerangue” da Polícia Federal, desencadeada em 23 de fevereiro e que resultou em cumprimentos de mandados de prisão e de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. 

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