Publicado em 30/03/2015 às 10:06, Atualizado em 26/10/2016 às 11:38

Briga em eleição pode deixar internet fora do ar em MS, ameaça sindicalista

Trabalhadores da manutenção da fibra ótica ameaçam entrar em greve

Fagner de Olindo, Mídia Max

Uma disputa eleitoral pode deixar o Mato Grosso do Sul sem internet, de acordo com parte dos filados do Sinttel – MS (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas em Telecomunicações). Segundo parte da classe trabalhista, caso a atual diretoria não permita que a oposição participe da mesa de votação, os serviços de manutenção da internet ficarão suspensos, acarretando, assim, na queda do sinal.

A eleição da nova diretoria do sindicato acontece nesta segunda-feira (30), das 8 às 18 horas, na Rua José Antônio, 1682, sede da instituição.

De acordo com Samir dos Santos, que integra a oposição, sua chapa detém a maioria dos trabalhadores. “Temos mais de 2.500 votos, sendo que o sindicato possui 3.295 filiados. Se não deixarem nós participarmos do processo eleitoral, Mato Grosso do Sul ficará isolado do resto do Brasil, pois faremos uma greve que vai impossibilitar a manutenção da fibra ótica”, revela.

O sindicalista ressalta que a diretoria está impedindo essa participação, pois sabem que a derrota seria iminente. “Sabem que não ganham no voto, por isso estão fazendo isso. Por enquanto não posso dar uma previsão de quando a internet no Estado ficará prejudicada, mas o risco é muito grande”, alerta.

Outro lado

Em contrapartida, o diretor financeiro do Sinttel, Jeferson Borges Silveira, desmentiu qualquer possibilidade do Estado ficar sem internet. “Isso é mentira, é conversa fiada deles. As empresas que vendem a internet para o consumidor têm responsabilidade na prestação deste serviço, por isso não existe essa possibilidade”, esclarece.

Quanto ao impedimento da chapa contrária em participar das eleições, Silveira explica que a oposição assinou um documento, antes das eleições, que continha uma lista de 38 sindicalistas que sentaria à mesa eleitoral, porém, chegada a eleição, os nomes não conferem. “Nenhum nome bateu com o que ficou acordado. Eles estão descumprindo o acordo trazendo pessoas que, sequer, são filiadas ao sindicato”, diz.