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Com número de agentes insuficiente na Máxima, sindicalista teme rebelião

Ontem dezenas de policiais militares e equipe que atua no policiamento aéreo deram suporte

(Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado)

Diante da decisão dos agentes penitenciários de Mato Grosso do Sul, de não fazer mais horas extras, reduzindo ainda mais o quadro de servidores, o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária do Estado do Mato Grosso do Sul (Sinsap), André Luiz Garcia Santiago, teme que a massa carcerária da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, possa planejar rebelião para o próximo final de semana. 

Ontem, dia de visitações na unidade prisional, dezenas de policiais militares e equipe que atua no policiamento aéreo precisaram dar suporte para agentes que estavam no plantão e reforçar a segurança do local.

O sindicalista acredita que os presos não promoveram manifestação nesse final de semana porque era dia de visitas de crianças, mas que no próximo há risco. “Eles estão percebendo a situação. Não fizeram nada ontem porque tinham crianças, mas o próximo final de semana tem visita somente de adultos. Temo que algo possa acontecer. Portanto, será necessário que a segurança pública redobre o reforço que foi feito nesse domingo”, sugeriu.

André Luiz explica que o número de servidores plantonistas é insuficiente para o de presos. São 10 agentes para cuidar de cerca de 2,1 mil detentos da Segurança Máxima, por exemplo. Ainda, que o problema é em todo o Estado. São 1.440 servidores, sendo que 968 atuam na função de custódia, para massa carcerária que gira em torno dos 13,5 mil presos.

O movimento feito pela classe de trabalhadores busca sensibilizar o Governo do Estado para atender a reivindicação sobre novas contratações para ampliar o número de servidores.

Uma funcionária pública disse ontem que o salário é baixo e, por conta disso, agentes trabalham uma hora a mais para complementar a renda. Mas, não estão fazendo em protesto.

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