Expressão utilizada pela vice-governadora Rose Modesto (PSDB) em ligação interceptada pelo Ministério Público Estadual revela, na avaliação do deputado Marquinhos Trad (PMDB), intimidade da ex-vereadora com o prefeito Gilmar Olarte (PP), além de ser infeliz ao utilizar linguajar de beira de bar e fundo de boate tratando-se de representante eleita pelo povo. A tucana rebate as acusações considerando a postura do peemedebista como preconceito e violência contra a mulher.
Durante sessão da Assembleia Legislativa, na terça-feira (19), Marquinhos questionou a expressão gravada em diálogo, sob autorização judicial, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Nesta, Rose Modesto questionava o prefeito quem é a morena mais bonita de Mato Grosso do Sul e, em seguida, marcava reunião com Olarte para tratar de cargos na administração. O linguajar foi o que incomodou o peemedebista, que pediu para retirar as comparações realizadas durante a sessão.
Em nenhum momento disse que era de boate, mas que a expressão utilizada por ela revela intimidade e colocação infeliz para tratar das coisas da administração pública. Se fosse fora do expediente é a vida privada dela. Jamais disse que ela é isso ou aquilo, pontuou o deputado.
Para a reportagem a vice-governadora classificou o episódio como preconceito e discriminação, além de vislumbrar no posicionamento do peemedebista antecipação política as eleições para a Prefeitura de Campo Grande, que nega ter pretensão de ser candidata.
Fica claro que foi uma informalidade, uma brincadeira [na fala] com o prefeito. Desejo que a atitude do deputado não sirva como exemplo para que outras pessoas não cometam nenhum tipo de discriminação e violência contra a mulher, esclarece, dando por encerrado o debate que também gerou onde de críticas a Marquinhos na Assembleia Legislativa.
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