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Estado é investigado por licenciamento ambiental do Aquário do Pantanal

Uma das obras mais caras já feitas em Campo Grande e até agora interminável, o Aquário do Pantanal é alvo de mais uma investigação, dessa vez do Ministério Público Estadual (MPE). O órgão apura irregularidades no licenciamento ambiental da obra, principalmente em relação dos peixes que viverão no Aquário.

Segundo investigação aberta pela promotora Luz Marina Borges Maciel Pinheiro, da 26º Promotoria de Justiça e divulgada nesta terça-feira (10), a apuração vai verificar a regularidade jurídico-ambiental da condução dos peixes, envolvendo a captura, o manejo e a guarda dos animais.

Desde quando os 12 mil exemplares de 135 espécias foram capturados, no fim do ano passado, até o mês de maio, os gastos com a manutenção dos animais que estão em tanques improvisados na sede da Polícia Militar Ambiental (PMA), da Capital, já custou aos cofres públicos R$ 900 mil.

A empresa responsável pela captura e transporte dos animais é a Anambi Análise Ambiental LTDA, que já recebeu R$ 5,1 milhões pelo serviço na época da contratação, no segundo semestre de 2014.

Os gastos são mesmo de cifras altas. Estima-se que a construção do Aquário do Pantanal consumirá R$ 324 milhões. Com conclusão prevista para dezembro, o Governo do Estado deverá desembolsar mais R$ 850 mil por mês para manter os peixes nos tanques improvisados.

Enquanto aguardam pela nova casa, os peixes em adaptação continuam recebendo cuidados especiais por uma equipe de cerca de 20 profissionais. Segundo informou o biólogo Heriberto Gimenes Junior ao Correio do Estado no mês passado, não há qualquer risco de morte dos exemplares, mesmo com a necessidade de os peixes ficarem por mais tempo nos tanques improvisados.

O governo do Estado deve ser notificado da abertura da investigação do Ministério Público para prestar esclarecimentos aos órgãos.

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