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Ibama vai apurar denúncia de contaminação do Rio Anhanduí

Área de Transição’ criada a revelia da legislação, com aval da Justiça, virou novo lixão e estaria poluindo região

Mesmo com a desativação do aterro, em 2012, ainda é possível ver as montanhas de lixo crescendo e se acumulando no local. A chamada área de transição se transforma, a cada dia, em um novo lixão (Foto: Paulo Ribas)

Após determinar perícia de área do lixão de Campo Grande e da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do bairro Los Angeles, a Justiça vai verificar os danos ambientais que a Lagoa de Decantação, construída pela concessionária CG Solurb, pode estar causando ao solo da região do Aterro Sanitário Dom Antônio Barbosa II, no bairro de mesmo nome.

Desta vez, o chorume - líquido tóxico produzido a partir da decomposição de matéria orgânica - parece estar atingindo o solo, o que é crime ambiental. Até a realização da perícia, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, nem a CG Solurb, que administra o aterro e faz a coleta de lixo na Capital, nem a concessionária Águas Guariroba, poderão alterar o cenário, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Ainda não há data marcada para a diligência. 

A decisão faz parte do processo movido desde 2012 pelo empresário Thiago Verrone na I Vara de Direitos Difusos e que coleta provas das irregularidades cometidas pela empresa e pela prefeitura da Capital desde que o novo aterro foi inaugurado e entrou em atividade, no mês de dezembro de 2012.

De lá para cá, diversos problemas foram detectados, entre eles a demora na construção da Unidade de Tratamento de Resíduos (UTR), necessária para que o serviço de coleta seletiva seja ampliado na Capital e também para que o lixo inservível (orgânico) seja separado corretamente do material que pode ser reutilizado (reciclável).

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