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Mensalão da Enersul envolve políticos e será alvo de CPI

Comissão vai apurar desvios e irregularidades da concessionária de energia do Estado

Marquinhos Trad, com papel na mão, convencendo os colegas a criarem a CPI (Foto: )

O deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) convenceu ontem 17 dos 24 deputados a assinarem o pedido de criação da CPI da Enersul. Oito rubricas bastariam para instaurar a investigação.

 

Auditoria preparada pela PricewaterhouseCoopers, PwC Brasil, empresa que descobriu as fraudes na Petrobras, identificou um suposto golpe nas finanças da concessionária de energia em Mato Grosso do Sul, na ordem de R$ 700 milhões.

A quantia foi para o bolso de ao menos 35 pessoas, segundo o levantamento, entre as quais, disse o parlamentar, donos de empresas que trabalhavam para Enersul, prestadores de serviço, ex-funcionários e também apadrinhados políticos. Pelos corredores da Assembleia Legislativa, a diligência já é chamada de “Mensalão da Enersul”. 

De acordo com o deputado, assim que instalada a CPI, vai convocar “políticos” que teriam desfrutados de “favores” da Enersul durante o período auditado, entre 2010 e 2012. A Enersul entrou em recuperação judicial em agosto de 2012 e, em abril de 2014, foi vendida para Rede Energisa. 

A checagem da PwC Brasil apurou que quantias milionárias, incluindo uma cota de R$ 200 milhões, verba federal, que deveria ser aplicada em melhorias do sistema de energia no Estado eram sacadas para pagar, por exemplo, empresas terceirizadas e até para fazer “agrados” a prestadores de serviços, pelo que chamavam de folha de pagamento paralela, também conhecida como “folha confidencial”.

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