Publicado em 07/04/2015 às 08:43, Atualizado em 26/10/2016 às 11:41

Ministério Público investiga denúncia contra irmã do presidente do TCE-MS

Nomeada no gabinete do deputado Rinaldo Modesto, ela seria funcionária fantasma

Fagner de Olindo, Correio do Estado

Na semana passada, o Ministério Público Estadual (MPE-MS) arquivou procedimento por não encontrar funcionários “fantasmas” na Assembleia Legislativa e, ao mesmo tempo, abriu nova medida para apurar  especificamente a contratação da irmã do conselheiro Waldir Neves, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), Vanda Neves, no gabinete do deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB). Tal servidora não estaria exercendo atividade para a qual foi contratada e, mesmo assim, estaria recebendo cerca de R$ 2,5 mil de salário.

A decisão do MPE de começar a investigar a nomeação da irmã de Neves ocorreu depois que o Correio do Estado mostrou não haver vínculo de trabalho de Vanda no gabinete de Modesto. Como explicação para o caso, o tucano declarou que as atividades de sua funcionária estariam sendo executadas no Bairro Caiçara. Porém, dirigentes da Associação dos Moradores do referido bairro, declararam não conhecer a servidora e muito menos seu “trabalho comunitário”. 

Diante da situação peculiar, a 31ª Promotoria de Justiça de Campo Grande decidiu apurar a existência de elementos que caracterizem Vanda Neves como “funcionária fantasma”. O início da averiguação surgiu, coincidentemente, logo depois do MPE publicar no Diário Oficial, o arquivamento de procedimento preparatório para investigar a nomeação de servidor que recebe salário, sem exercer atividade na Assembleia. Não é a primeira vez que o MPE apura e não encontra funcionários “fantasmas”.