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Ofício revela que PCC planeja matar policiais para vingar morte de preso

O ofício afirma que o PCC pretende vingar a morte de Leonardo (Foto: )

A organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) ameaça vingar a morte de um preso dentro da delegacia em Campo Grande. Os bandidos ameaçam matar os policiais envolvidos no transporte do suspeito, que tem uma ampla ficha criminal, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga até o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian.

No ofício, emitido por investigadores da Polícia Civil da Capital e endereçado ao delegado federal Alexandre Fresneda, a Polícia Civil informa que houve interceptação telefônica no dia 7 deste mês, em que os criminosos planejam a vingança. 

Leonardo Machado da Cruz, 19 anos, morreu no HR no dia 5 de maio. Na ligação, os marginais supostamente ligados ao PCC acusam os policias de matarem o colega. Eles teriam dado droga para Leonardo ingerir e ter morrido em decorrência da overdose.

No telefone não foi possível captar se os policiais a serem mortos são civis, militares ou federais. O ofício deixou todas as corporações em alerta na Capital para o risco de ataque. 

Leonardo foi preso após um assalto no dia 9 de abril. Ele era acusado roubo e associação criminosa. O jovem possuía passagens por furto, roubo e abuso excessivo ao álcool.

O óbito foi registrado por volta das 15h. Leonardo estava detido na Depac da Vila Piratininga, quando começou a sentir fortes dores abdominais. O jovem foi socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros e levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Universitário.

Devido à gravidade de seu estado de saúde, precisou ser transferido para o Hospital Regional, onde ficou internado, mas não resistiu e morreu. O caso foi registrado como morte a esclarecer.

Em contato com a Polícia Federal que informou que o teor do documento está sendo averiguado, para saber se as informações contidas são reais. Ainda apontou que não sabe se os envolvidos são do PCC.

A Polícia Civil informou que o SIG (Serviço de Investigações Gerais) não recebeu o documento e não sabe quais seriam os policias ameaçados. A assessoria de comunicação da SEJUSP (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) afirma que a origem do ofício é desconhecida e está investigando o caso.

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