Publicado em 07/04/2015 às 09:35, Atualizado em 26/10/2016 às 11:41

Organização espera dobrar público em ato pelo impeachment de Dilma

Fagner de Olindo, Campo Grande News
Organizadores acreditam que público deve dobrar, em relação a manifestação realizada em março (Foto: Marcelo Calazans / Arquivo)

Um engenheiro deve colaborar, no domingo (12), para reduzir divergência entre números oficiais da Polícia Militar e de organizadores de atos que cobram impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Intitulada “chega de mentiras, fora Dilma” a manifestação está prevista para ocorrer, a partir das 16h, na Praça do Rádio Clube, em Campo Grande, e quer dobrar o número de participantes em relação ao realizado no dia 15 de março, quando 32 mil pessoas foram às ruas da Capital.

De acordo com a jornalista Karina Maia, do movimento “Chega de Impostos”, o engenheiro será responsável por calcular a quantidade de pessoas por metro quadrado e, assim, estimar o número de participantes. A medida pretende evitar números como da manifestação de março, quando autoridades policiais divulgaram presença de 32 mil pessoas, ante 120 mil calculados pelos organizadores.

Com perspectiva de dobrar o público no domingo, cinco pautas devem compor as reivindicações, além da saída de Dilma Rousseff. Dessa vez, conforme a jornalista, incluem-se pedidos pela extinção do PT (Partido dos Trabalhadores), transparência nos empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), investigação da presidente e de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, afastamento do ministro do STF (Superior Tribunal Federal) Dias Toffoli do julgamento de casos da Operação Lava Jato e contra a reforma política proposta pelo governo.

O funcionário público Vinicius Siqueira acredita que participar deste processo pode contribuir para incentivo da melhoria do país. “Estive do Fora Collor e você só participa da mudança quando está lá de fato. Creio que o público será maior”.

Em Dourados, o empresário Romem Barleta também se prepara para ir às ruas. Ele explica que, pelo movimento não ter uma liderança centralizada, cada um leva sua bandeira seja ela contra a corrupção, impeachment da presidente, impostos e problemas na rede de saúde

“O povo se reúne pela indignação que atingiu as famílias diante da situação em que o país se encontra, até porque o governo tem que dar retorno e isso não acontece”.

Três Lagoas, Amambai e Corumbá também tem prevista a realização de evento semelhante no domingo.