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Policiais, agentes penitenciários e bombeiros não descartam greve

Categorias farão passeata e assembleia no próximo sábado 

Policiais Civis, militares, agentes penitenciários e bombeiros se reuniram na manhã desta terça-feira (26), em uma panfletagem, na Avenida Afonso Pena em Campo Grande, a fim de chamar a atenção da sociedade em relação ao impasse sobre o reajuste salarial dos servidores estaduais.

Em conversas anteriores com os servidores estaduais, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que não concederia o aumento com a justificativa de que o reajuste teria sido antecipado na gestão de André Puccinelli (PMBD), no entanto, as categorias afirmam que não houve antecipação.

Segundo o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) e representante do Fórum dos Servidores Estaduais, Alexandre Barbosa da Silva, houve apenas o pagamento do reajuste referente ao ano de 2013, que foi dividido em três parcelas, uma delas paga em 2013, outra em maio de 2014 e a terceira em dezembro de 2014. 

“Fizemos esta manifestação para conscientizar a população de que não tivemos reajuste e chamar a atenção do governo que afirma não ter condições de conceder o aumento. Queremos pelo menos em o reajuste referente ao índice inflacionário. A categoria está abeta ao diálogo”, declara.

O presidente do Sinpol afirma que em uma reunião realizada na última sexta feira (22), o governador ressaltou que o Estado passa por crise financeira e não tem dinheiro para conceder o reajuste. Silva destaca que em Mato Grosso do Sul existem 40 mil servidores, entre eles, três mil policiais civis, 1.450 agentes penitenciários, e 8.900 bombeiros e policiais militares.

“Não queremos paralisar os serviços, mas se não houver acordo, faremos uma assembleia no próximo sábado (30) que poderá resultar no indicativo de greve, afinal, até o momento não houve contraproposta por parte do governo do Estado”, justifica.

O tenente da Polícia Militar, Thiago tente Mônaco Marques, que participou da ação nesta manhã, enfatiza a necessidade de um acordo entre o governo e os servidores estaduais. “Tudo teve aumento e se o governo não der o aumento, ficaremos sem reajuste por um ano e meio até a próxima negociação”, observa.

As categorias preparam uma passeata para o próximo sábado. A ação terá início às 9 horas, na Praça do Rádio Clube, na Avenida Afonso Pena. À tarde, os grupos devem se reunir para discutir uma possível paralisação.  Os policiais militares, já anunciam que pode haver aquartelamento. 

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