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Servidores protestam por reajuste salarial em frente à Governadoria

Categoria tenta marcar uma audiência com o governador Reinaldo Azambuja desde 17 de abril

Cerca de 50 sindicalistas que representam mais de 40 mil servidores públicos estaduais organizaram um protesto em frente à sede da Governadoria na manhã de hoje (5) pela garantia dos reajustes salariais de diversas categorias. Participam membros do fórum que atendem aos profissionais de segurança pública, saúde, educação, poder judiciário e poder legislativo.

O presidente do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Alexandre Barbosa, explica que a classe está preocupada com as recentes declarações do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e do secretário de fazenda, Márcio Monteiro, sobre o ‘arrocho financeiro’ que pode prejudicar as negociações salariais, próximo à data-base dos reajustes anuais.

De acordo com ele, o governo alega que os servidores já receberam reajuste, no entanto, a equiparação salarial, disposta na Lei 3.156, de 27 de abril de 2013, em que os profissionais receberiam um aumento de 8% em maio de 2014 e 12% em dezembro do mesmo ano para corrigir uma diferença salarial que varia entre 20% e 260%, não foi cumprida. “Nenhuma parcela foi paga, não houve sequer o reajuste linear dos salários”, enfatiza.

O Fórum tenta marcar uma audiência com o Executivo estadual desde 17 de abril, mas sem sucesso. Conforme Barbosa, os representantes dos servidores querem contestar a versão a administração, especialmente agora que o governador tucano anunciou a redução na alíquota do diesel de 17% para 12% para melhorar a arrecadação.

Presidente do Sindicato dos Subtenentes da Polícia Militar, Tiago Mônaco Marques, também cobra as promessas de campanha de Reinaldo Azambuja. Segundo ele, o gestor se comprometeu a chamar todos os remanescentes dos concursos realizados na época de André Puccinelli (PMDB), mas 123 remanescentes que completaram todas as fases do concurso e outros 2.500 que precisam concluir o edital continuam aguardando.

Na Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), a situação é a mesma. Conforme o sindicalista André Santiago, a categoria ainda sofre com a falta de suporte e a defasagem de funcionários nos presídios, o que coloca em risco a vida dos servidores que atuam sem proteção.

O secretário de governo, Eduardo Riedel, preferiu não se manifestar sobre os protestos, mas recebeu os sindicalistas para uma reunião que acontece neste momento no auditório da Governadoria. Os representantes do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), TCE-MS (Tribunal de Contas Estadual) e da Assembleia Legislativa já conquistaram os reajustes, mas participam da manifestação em apoio às demais categorias.

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