Buscar

Adolescente e amásio suspeitos de espancar filho de um ano

Com fraturas no braço, a criança foi atendida em hospital de Três Lagoas

(Foto: Rádio Caçula)

Menino de apenas um ano de vida foi cruelmente espancado e a suspeita é que as agressões tenham sido cometidas pela mãe e atual convivente, ambos adolescentes de 17 anos. O caso ocorreu na cidade de Castilhos, em São Paulo, mas foi em Três Lagoas, onde a garota morava e deu à luz a criança, que foi descoberto.

O episódio de maus-tratos veio à tona anteontem, quando a conselheira tutelarMiriamHerreraHamed recebeu telefonema de funcionários do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, com informação de que um menino havia dado entrada na unidade com queimaduras e suspeita de fraturas nos braços, havendo indícios de agressões. 

No hospital, a conselheira conversou com a mãe que disse ter levado o filho para atendimento médico depois de o braço dele inchar. Prestou informações contraditórias sobre as queimaduras percebidas em um dos braços, mas depois assumiu tê-las provocado propositalmente com vela. “A criança está com bicho geográfico no braço esquerdo. Primeiramente a menina disse que colocou vela para acabar com a doença de pele a pedido de um médico de Castilhos. Questionei o nome dele, ela não soube dizer. Depois de muita insistência, admitiu ter queimado o braço do menino por conta própria na intenção de acabar com a enfermidade”, comentou a conselheira. 

Além da queimadura, exames de raios-X detectaram duas fraturas no outro braço do menino e hematomas pelo corpo e cabeça. Sobre as lesões em questão, a adolescente não soube explicar. “Mentiu o tempo todo. Disse que não sabia o que havia acontecido, mas a polícia vai apurar o fato”, enfatizou Miriam. 

Segundo a conselheira, há seis meses a garota morou em um abrigo da cidade e saiu para residir com uma tia, de onde fugiu há cerca de dois meses, mudando-se para Castilhos (SP). Na cidade paulista, estava morando há um mês com um adolescente da mesma idade. Por isso, há suspeita do envolvimento dele também no episódio. 

PATERNIDADEA adolescente foi questionada sobre a paternidade do filho e garantiu que o rapaz com quem se relacionou é dependente químico e que não tinha contato com ele. No entanto, a conselheira conseguiu falar com o pai biológico, de 28 anos, e descobriu o contrário. O rapaz, inclusive, estava à procura do filho desde que a ex desapareceu. “Ele é trabalhador. Pagava a pensão devidamente. Mais uma vez ela mentiu”, contou. 

Alegando não ter condições financeiras, a tia da adolescente recusou a guarda provisória da criança, que acabou ficando com o pai, morador em um sítio na região. O menino foi levado ontem à Capital para teste anti-hiv, já que o pai e a mãe são portadores da doença. 

O caso está sob investigação e a polícia deve intimar a menor e o atual convivente para depoimentos a fim de esclarecer o caso. 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.