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Dívida de R$ 500 leva homem a queimar crianças em Ceilândia

Artesão diz que foi à casa de família para buscar eletrônicos como pagamento

(Foto: TV Globo/Reprodução)

Foi preso na noite de segunda-feira (12) um artesão de 21 anos suspeito de ter amarrado e queimado dois irmãos – um menino de 9 e uma adolescente de 13 – em uma casa da QNM 7, em Ceilândia, no Distrito Federal. De acordo com a Polícia Civil, o homem disse que cometeu o crime porque as vítimas gritaram quando ele invadiu a residência para levar um notebook, um tablet e uma máquina fotógrafica como forma de pagamento de uma dívida de R$ 500 feita pelo irmão mais velho delas.

Os corpos do garoto e da adolescente foram encontrados carbonizados na tarde de segunda, e o suspeito foi localizado por volta das 19h. O homem usou cadeiras para barrar a saída dos quartos em que as vítimas foram colocadas e ateou fogo na casa. A polícia disse que o rapaz admitiu o que fez e não demonstrou arrependimento ao depor.

Ele confessou o crime, não chorou, não se emocionou. Apenas narrou o que aconteceu, relatou o delegado Johnson Kenedy Monteiro, responsável pelo caso.

Na versão apresentada à polícia, o suspeito afirmou que teria vendido, alguns dias antes, peças de artesanato ao irmão mais velho das vítimas. No fim de semana, o homem contou que havia cobrado do cliente o valor dos produtos, e ouviu que deveria ir à casa da família na segunda-feira, para receber parte do valor.

Conforme o combinado, o artesão foi à residência e lá recebeu R$ 100 do irmão das vítimas. Pouco depois, voltou ao local e tocou a campainha, encontrando a criança e a adolescente sozinhas. Ele disse que tinha voltado porque havia esquecido algo e queria buscá-lo.

Quando o homem falou que levaria embora um notebook para liquidar a dívida, as vítimas começaram a gritar. O suspeito, então, revelou que pôs a menina em um quarto e amarrou as mãos dela com um fio de telefone. Depois, conduziu o garoto para outro quarto e o amarrou com um pedaço de lençol rasgado.

O jovem decidiu, então, escorar cadeiras nas portas dos quartos para impedir que as crianças saíssem e botar fogo na residência. Saindo de lá, ele ainda encontrou a mãe delas na rua, que o cumprimentou.

A Polícia Civil informou que o suspeito não tinha antecedentes criminais. Ele vai responder por duplo latrocínio e pode pegar até 60 anos de prisão. Preso no Departamento de Polícia Especializada, ele deve ser transferido para a Papuda ainda nesta terça-feira (13).

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