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Ponta Porã tem valor da primeira CNH mais alto de Mato Grosso do Sul

Instrutor diz que fato da cidade estar na fronteira encarece documento.Detran e sindicato dizem que não existe tabela que estipule valor.

Tirar a primeira Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em Ponta Porã, a 326 quilômetros de Campo Grande, custa, em média, de R$ 1 mil a R$ 1,2 mil. O valor é o mais alto de Mato Grosso do Sul. Reportagem do Bom Dia MS desta sexta-feira (1º) mostrou que os motoristas da região estão reclamando dos preços.

Para o instrutor de autoescola Anderson Machado, o que encarece a CNH em Ponta Porã é o fato da cidade estar na região de fronteira. “Brasileiro, quando entra no Paraguai, tira o capacete e põe no cotovelo. Brasileiro vindo do Paraguai tira do cotovelo e põe na cabeça. Isso é uma cultura diferenciada”, afirmou.

Além de ter que desembolsar uma quantia considerável, são muitas as obrigações quem um cidadão tem de cumprir para tirar a carteira de habilitação. “Passa pelo exame da vista, pelo psicotécnico, aí sim para começar suas aulas teóricas, que são 45 horas-aula de teoria dentro da sala na autoescola. Após isso, ele vai fazer o exame teórico do Detran. Se ele for aprovado, vai ser emitida uma LADV [Licença de Aprendizagem de Direção Veicular] para esse aluno e ele vai marcar suas aulas, que são 20 horas-aula de carro e 20 horas-aula de moto”, explicou outro instrutor de autoescola.

Por meio de nota, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS) em Ponta Porã informou que não existe uma lei que determina o valor que deve ser cobrado.

Segundo o Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do estado (Sindcfc-MS), não há uma tabela que determine o valor que será cobrado pela CNH. Apenas o Detran define o valor das taxas, mas cada autoescola pratica seu valor e o mercado determina a concorrência.

A partir de dezembro de 2014, tirar a habilitação vai ficar de R$ 200 a R$ 300 mais caro porque, de acordo com uma determinação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a partir de agora, a categoria B (de carro), que contava com 20 aulas, ganhou mais cinco aulas, que pode ser no simulador ou no próprio veículo. Para a categoria A (de moto), continua da mesma forma. As aulas noturnas passam de quatro para cinco. O simulador não é obrigatório, mas a escola que tiver adquirido pode usá-lo para até 30% das aulas.

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