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Presos sofrem com tuberculose em MT e julgamento é feito com máscara 

O quadro pior é na Penitenciária Central do Estado, antigo Presídio do Pascoal Ramos, na região Sul de Cuiabá

A situação dos presídios em Mato Grosso é de caos profundo. Não bastasse os costumeiros problemas de segurança, os presos das penitenciárias agora  sofrem com o surto de tuberculose. A ponto de máscaras terem que ser distribuídas aos jurados que participam dos julgamentos dos detentos. A medida visa evitar possíveis casos de contaminação.  O quadro pior é na Penitenciária Central do Estado, antigo Presídio do Pascoal Ramos, na região Sul de Cuiabá.

Apesar da profilaxia,  já há casos confirmados de parentes de presos que contraíram a doença. A gente vive esse risco diariamente. Dos 300 presos no Raio 2, 100 presos estão contaminados. Hoje existe um risco real de contaminação -  revelou o defensor publico  Marcos Rondon, que explicou ainda que as visitas na Penitenciária Central do Estado são diárias.

Em junho, o detento Alan Silva Arruda, de 25 anos, morreu em uma cela da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. O caso foi diagnosticado como tuberculose. A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso (Sejudh), que administra o sistema prisional do estado, confirmou que 56 detentos da unidade foram diagnosticados com tuberculose e estão em tratamento. O local abriga 2.050 detentos.

A questão, inclusive, foi algo de uma reunião dos defensores públicos que atuam no Núcleo Criminal  com o Subdefensor Público-Geral, Silvio Jeferson de Santana . No encontro foi deliberado que haverá um encaminhamento de expediente para o Defensor Público Roberto Tadeu Vaz Curvo, da 4ª Câmara Cível do Direito Público e Coletivo, para análise de possível ingresso de ação civil pública.

O caso foi encaminhado ao Defensor Público-Geral, Djalma Sabo Mendes Júnior, que agendou para a próxima segunda-feira, 7, às 14 horas, uma reunião com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, para debater, juntamente com os defensores que atuam nos presídios, este e outros problemas que afetam o sistema.

O Núcleo Criminal é, assim como os demais, de extrema importância para a Defensoria Pública. Vamos tomar providências para sanar este problema, assegurou Silvio Jeferson de Santana.

Participaram da reunião os defensores Altamiro Araújo de Oliveira, André Renato Robelo Rossignolo, David Brandão Martins, Othon Celestini, Augusto Celso Reis Nogueira, Erinan Goulart Ferreira, Simone Campos da Silva, Zacarias Ferreira Dias, Carlos Eduardo Roika Júnior, José Carlos Evangelista Miranda Santos, Marcos Rondon Silva, além da Corregedora-Geral Helyodora Carolyne Almeida Rotini.

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