Publicado em 30/05/2022 às 13:59, Atualizado em 30/05/2022 às 18:01

Acusado não mostra arrependimento em ter matado a irmã, segundo delegada

Ninho alega não lembrar do crime e diz que filhos da vítima estavam dormindo

Diário Digital,
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Delegada responsável pelo caso (Foto Luciano Muta)

Antônio Benites, de 38 anos, vulgo “Ninho”, foi preso acusado de matar a irmã, Patrícia Benites Servian, de 31 anos, na última sexta-feira (27), na casa onde moravam no Bairro Tiradentes, em Campo Grande. De forma cruel "Ninho", estrangulou a irmã com um "mata leão" e tentou esconder o corpo em uma cova, cavada na própria residência dos irmãos.

Durante a coletiva de imprensa, ocorrida na manhã desta segunda-feira (30), a delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), Elaine Cristina Ishiki Benicasa, explicou que o suspeito foi capturado pela Polícia Militar, na BR 163, próximo ao condomínio de luxo.

Após ser preso, Ninho confessou que matou a irmã com um "mata leão". Ambos teriam passado o dia ingerindo bebida alcoólica, quando houve uma discussão. Segundo as informações, Patrícia teria indo para cima de Antônio. Já sem vida, o acusado teria arrastado o corpo para os fundos da residência e coberto com um lençol.

Antônio nega que os filhos da vítima, de três e cinco anos, tenham presenciado o crime. Os menores estavam dormindo, segundo ele. Porém, a versão foi desmentida pelo próprio menor, que alegou ter visto o tio matar a própria mãe.

Conforme as delegada , quando os parentes perceberam o sumiço de Patrícia foram até a casa onde ela morava com o irmão, chegando lá encontraram o corpo nos fundos do quintal com a cova já pronta.

À polícia, Ninho confessou que matou a irmã, e que depois disso, cortou a tornozeleira que usava com uma tesoura e fugiu do local. Antônio Benites tem passagens pela polícia, era um preso sob monitoramento de tornozeleira eletrônica pelo crime de violência doméstica.

De acordo com a delegada Ana Luísa Norile, os filhos da vítima vão ser ouvidos na Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (Depca), para saber de fato o que eles presenciaram naquela noite. Ainda, segundo a delegada, o acusado não se mostra arrependido e não sabe dizer por que matou a própria irmã. Diz não saber o motivo da briga que antecedeu o crime.