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Agricultores familiares já podem procurar a Agraer para ter acesso ao crédito rural

Ao todo são disponibilizados R$ 4,4 bilhões em recursos para MS, destes, R$ 282 milhões são destinados à Agricultura Familiar

(Foto: Casimiro Silva/PMCG)

Os produtores de Mato Grosso do Sul já podem procurar a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), para ter acesso os crédito rural, destinado ao Plano Safra 2015/2016.  Ao todo, R$ 4,4 bilhões de recursos aprovados para MS já estão em caixa, conforme o superintendente do Banco Brasil em MS, Edivaldo Emiliano. Destes, R$ 282 milhões serão destinados à Agricultura Familiar dos 79 municípios do Estado. O montante será disponibilizado através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

O diretor-presidente da Agraer, Enelvo Felini, disse durante entrevista ao programa Capital Meio Dia, da Rádio 95 FM, que a agência está preparado para receber os produtores interessados na elaboração de projetos para a linha de crédito. “Basta o produtor ir a uma de nossas agências para receber as orientações necessárias para elaborar um projeto e em seguida encaminhá-lo para avaliação do banco. Caso seja aprovado, o crédito será liberado”, explicou Felini.

De acordo com assessoria da Agraer, este ano o setor contará, em todo o Brasil, com R$ 28, 9 bilhões, valor 20% maior que do último ano, que foi de R$ 24,1 bilhões. Para Felini o valor é considerado interessante, visto que o País atravessa um momento delicado nas finanças. “Precisamos aplicar todo esse dinheiro no campo, pois uma vez aplicado ele impulsiona a produção, gera emprego e renda a sociedade, o que ajuda a economia nesses tempos de fragilidade”, evidenciou.

As taxas de juros das linhas de crédito próximas dos índices de inflação também é um ponto a ser considerado pelo agricultor. “As taxas aplicadas dentro do Plano Safra ainda são as menores se analisadas. Ela começa de 4,5% e vai subindo respeitando o tamanho produtivo do trabalhador rural. Se você analisar que todo ano há aumento na água, energia, petróleo e insumos, por exemplo, você percebe que há uma adequação no tabelamento”, avaliou.

Durante a entrevista, o diretor da Agraer lembrou que os R$ 282 milhões para a Agricultura Familiar do Estado está em caixa desde o dia 1º de julho. “Nessa data o Banco do Brasil lançou, simultaneamente, o plano em 26 capitais brasileiras. Agora, basta que o produtor busque um de nossos escritórios para se informar sobre os procedimentos necessários para ter o dinheiro”.

Enelvo Felini destacou ainda que as ações da Agraer vão além do Plano Safra. Tudo para levar conhecimento e produtividade ao homem do campo. “Desde o início de 2015 estamos com um profissional em um pavilhão da Ceasa, responsável por orientar o produtor a comercializar sem atravessadores”, afirmou. Trabalho esse que segue à risca a determinação do atual governador do Estado, Reinaldo Azambuja, “Nossa missão é a de estimular a fertilidade dentro dos assentamentos e cooperativas. De modo que a maior parte do lucro fique com o homem do campo, gerando emprego e esperança de um melhor futuro a sua família”, afirmou.

Além disso, o diretor relata que outras medidas estão sendo tomadas pela instituição. Já, nesta sexta-feira (10), está programada a entrega de três caminhões para auxiliar as atividades rurais em comunidades quilombolas da cidade de Jaraguari.  Outra ação que também está engatilhada é o projeto “Terra Boa”, que visa distribuição de calcário e fertilizantes para correção da acidez de solos nos assentamentos. “Nos primeiros dois anos queremos atender de 10 a 16 mil famílias, para depois chegar a marca de 30 mil propriedades até o final da gestão. A meta é cada produtor consiga corrigir pelo menos um hectare de terra ao ano”, contou.

A implantação de dois novos escritórios é mais um estudo da Agraer junto as prefeituras de Sonora e Aparecida do Taboado para facilitar o acesso de serviços de assistência técnica ao pequeno produtor. Outra análise que vem sendo levantada pela Agência é o projeto de construção de uma nova Central de Abastecimento de Alimentos em Mato Grosso do Sul, na região da Grande Dourados, com perspectiva de beneficiar de 36 a 42 município. “A prefeitura já nos doou o terreno. Estamos agora angariando recursos e acredito que até o final deste semestre vamos contar com a pedra fundamental e as obras para que em 2016 haja a inauguração do prédio”, explicou.

Orçado em R$ 5 milhões, o estabelecimento será construído em uma área de quatro hectares. A meta é reduzir a cultura massiva de importação de alimentos primários como frutas, legumes, verduras e peixes. Hoje, 85% dos alimentos que saciam a fome do povo sul-mato-grossense é fruto da negociação com outros estados. “Cerca de 70% do peixe que ingerimos vem do Amazonas, Tocantins e Mato Grosso. Mesmo com toda água e facilidade que o MS tem. Precisamos apoiar o nosso produtor rural e inverter esses valores”, finalizou.

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