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Aluna que agrediu diretora teve surto e está sofrendo cyberbullying, diz Conselho

De acordo com o conselheiro tutelar Marcus Vinícius Gomes, a adolescente foi orientada a deletar todas as suas redes sociais.

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Divulgação

A aluna de 16 anos que agrediu a diretora da escola estadual Firmina Sobreira, nesta quarta-feira (6), sofreu um surto no momento da agressão e está sendo vítima de cyberbullying, uma perseguição online, de acordo com o Conselho Tutelar. O conselheiro Marcus Vinícius Gomes informou, após reunião na manhã desta quinta-feira (7), na 4ª Gerência Regional de Educação, que a jovem foi orientada a deletar todas as suas redes sociais.

“Ela está sofrendo porque o caso já teve uma repercussão nacional e está sendo alvo de ataques, então orientamos ela a excluir o perfil no Facebook e ela vai deixar de usar também o WhatsApp”, informou o conselheiro.

Além do Conselho Tutelar, estiveram presentes na reunião uma equipe de psicólogos, integrantes da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a família da aluna e a própria jovem, mas ela não falou à imprensa.

Sem tratamento e perseguição na escola

O gerente regional de educação Tarcísio Pires Soares informou que a adolescente “estourou" ou teve um "surto" devido a uma falha no tratamento psicológico. O conselho citou também a perseguição sofrida na escola.

"Foi apresentado pela família um calendário de consultas, mas com certo distanciamento entre uma e outra, e quando há esse distanciamento, há uma interrupção na administração dos medicamentos. Consequentemente, a pessoa que já tem um diagnóstico e não é medicada, não tem acompanhamento, vai de alguam forma 'estourar'", explicou o gerente.

Ao G1, a conselheira Lúcia Magalhães revelou ainda que a menina tinha boas notas antes da mudança de escola e que, devido à transferência e às perseguições sofridas na escola, o desempenho escolar caiu.

"Talvez pela questão da transferência no meio do ano, por ela ter esses problemas de socialização e por ser mais velha que os colegas, que na turma do 8º ano têm em média 13 ou 14 anos e ela tem 16, os outros alunos podem ter começado a implicar com ela, o que levou a tudo isso. Antes ela tinha boas notas, a queda foi depois da transferência", destacou.

Transferência e acompanhamento

Após a reunião, a decisão conjunta foi a de transferir a aluna para outra unidade escolar do estado, sem prejuízo a ela para concluir o ano letivo. Além disso, segundo o gerente de educação Tarcísio Pires, ela deverá ter melhor acompanhamento psicológico, com a garantia da administração de medicamentos e consultas e terapias regulares.

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