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Brasileiras mortas no Japão são cremadas um mês após assassinato

Irmãs brasileiras foram encontradas mortas no Japão em 31 de dezembro.Mãe das brasileiras viajou de MS para acompanhar cerimônia de cremação.

(Foto: Reprodução/Facebook)
(Foto: Maria Aparecida Amarilha/ Arquivo Pessoal)

Os corpos das brasileiras Michele e Akemy Maruyama, de 29 e 27 anos, foram cremados nodomingo (31), no crematório de Handa, província de Aichi ken, no Japão, segundo informações publicadas pela mãe das brasileiras, Maria Amarilha Scardin, em uma rede social. A cerimônia de cremação foi realizada exatamente um mês depois que os corpos foram encontrados em um apartamento, depois de um incêndio no local.

Os corpos foram carbonizados, mas segundo a imprensa local, tinham sinais de estrangulamento. O suspeito é um peruano, ex-marido de Akemy, e que está preso. A polícia acredita que, depois de matar as duas mulheres, o autor do crime espalhou o combustível para atear fogo no apartamento e eliminar possíveis vestígios.

Na rede social, a mãe das vítimas disse que o dia da cremação foi o mais inesquecível da viad dela e lamentou mais uma vez a perda das filhas. Ela também agradeceu a ajuda que tem recebido no Brasil e no Japão.

Hoje foi indiscutivelmente o dia mais inesquecível da minha vida, aliás ontem também, decidi vê-las pela última vez...Por mais que as pessoas me falassem o contrário, meu coração de mãe esperançava um último carinho... Era impossível... Aaa Deus meu, Tú me deste forças pra mais essa prova...Agora sinto que minhas filhas descansam...quero agradecer do fundo do meu coração a todos que compareceram...Não sei dizer o que estou sentindo...Parece um vazio,to me sentindo estranha... Mas tenho que buscar forças para agora lutar pelas minhas netas...Mas Deus é tão maravilhoso que colocou no meu caminho pessoas maravilhosas para me amparar!!!, disse na postagem.

Brasileiros que moram  no Japão e parentes das brasileiras mortas ajudaram a arrecadar dinheiro de doações para pagar a cerimônia de cremação. Em entrevista ao G1 no começo de janeiro, Maria disse que pretendia trazer as cinzas das filhas para o Brasil.

Dias antes da cremação, a mãe que está no Japão desde o dia 8 de janeiro postou no mesmo perfil que tinha recebido na casa em Campo Grande duas caixas de presentes que as filhas postaram do Japão há dois meses.

Meu Deus...acabou de chegar no Brasil duas caixas que minhas filhas mandaram há 2 meses atrás...Era só felicidade quando essas caixas chegavam...Elas escolhiam Td com muito carinho, aah filhas minha...obrigada por tudo,por terem existido na minha vida...esse foi o último mimo recebido dessa mãe...Rogo a Deus que as lágrimas de Dor que derramo agora que um dia sejam apenas de Saudades!!!, afirmou.

Akemi morava no Japão havia uma década e deixa duas filhas, de 5 e 3 anos. A avó das crianças, Maria Amarilha Scardin, que vive em Campo Grande, diz que Akemi foi casada seis anos com o peruano, mas estava separada havia três meses.

Ela também contou que o ex-companheiro fazia ameaças, mas a filha não acreditava que ele seria capaz de cumprir. Maria embarcou para o país asiático, no dia 8 de janeiro, para tentar trazê-las para o Brasil. As meninas estão atualmente em um abrigo e avó ainda não as encontrou.

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