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Campanha por 20 mil eleitores não pega e apenas 1,6 mil regularizam título

Em fevereiro, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul em parceria com a Aced (AssociaçãoComercial e Empresarial de Dourados) e apoio da Justiça Eleitoral, lançaram a campanha de cadastramento e transferência de títulos eleitorais para no município.

Com o proposito de alcançar 20 mil novos títulos eleitorais, a situação está bem diferente do esperado. Um mês após o inicio da campanha, dados divulgados pela 18ª Zona Eleitoral mostram que até agora 1.663 pessoas procuraram o cartório para o alistamento (1ª via do título) ou regularização do mesmo desde janeiro até o dia 25 de março deste ano.

O prazo para alistamento eleitoral ou pedido de transferência de domicílio é de 150 dias antes da data do pleito, ou seja, em 2014 esse procedimento poderá ser realizado até o dia 7 de maio. Atualmente Dourados conta com 146.463 eleitores [78.675 - 18ª Zona / 67.788 - 43ª Zona].

Sem a quantidade exata de novos títulos, a chefe de Cartório da 43ª Zona Eleitoral, Milca da Silva Pereira, afirmou que o movimento ainda está calmo, porém ela alerta que quem precisa do documento é importante não deixar para os últimos dias.

“Por enquanto está bem calmo o movimento, normalmente o pessoal deixa para a última hora, mas estamos abertos todos os dias, quem puder adiantar o processo é melhor e não corre o risco de ficar sem regularizar o documento” disse a cartorária.

Questionada sobre a meta estipulada para cadastrar os novos eleitores, ela disse não depende do cartório esse aumento, e sim da população.

“É importante a conscientização da população, pois o título também é importante para várias coisas, como tomar posse em concurso público, inscrição de vestibular, tirar passaporte e até o CPF” explicou Milca.

Recentemente o presidente da Aced, Antonio Luiz Nogueira esteve na Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) para uma divulgação da campanha na instituição.

“O estudante de outra cidade, normalmente mora em Dourados por pelo menos quatro anos, tempo para concluir a faculdade. Desta forma para poder ter uma força de reivindicação, nada melhor do que ter o seu título de eleitor cadastrado dentro do município. Assim ele poderá participar da vida política e fazer exigências quanto a melhoria nos serviços que utiliza” afirmou Nogueira.

É o caso da universitária Geany Priscila, de 17 anos, que acabou de se mudar para Dourados. Ela que veio do interior de São Paulo e vai estudar Engenharia Civil e disse que durante o tempo que estiver na cidade, acha importante fazer parte da vida política local.

“Esse ano por exemplo, já não volto para minha cidade votar, mesmo sendo facultativo pela minha idade, mas se hoje moro aqui, utilizo transporte daqui e sofro com as mesmas coisas de quem nasceu aqui, tenho o mesmo direito e dever que ele, nada mais justo que transferir o titulo para cá e se não ficar por aqui depois de formada, transfiro novamente, não custa nada” declarou a estudante.

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