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Com 70% do efetivo paralisado, enfermagem da Santa Casa inicia greve

Funcionários ainda não receberam parte do 13° salário

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Divulgação

Funcionários da área de enfermagem que atuam na Santa Casa de Campo Grande, entraram em greve às 12h30 desta quinta-feira (31).

O Siems (Sindicato dos Trabalhadores da Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) informou na segunda-feira (28) que os profissionais ainda não haviam recebido 40% do 13° salário. Na data, o presidente do sindicato, Lázaro Santana, informou que o hospital havia pago 60% do valor e parcelaria o restante. “O sindicato não aceitou a proposta”, relatou.

Segundo o diretor de finanças do Siems, Sebastian Rojas, com a paralisação, 70% do efetivo deixa de atender nas enfermarias. “Nos setores mais críticos como o pronto-socorro, UTI e enfermarias de cuidados intermediários, mantivemos 50% do pessoal”, informou. Ainda de acordo com Rojas, o sindicato se reuniu com representantes do hospital, no final da tarde de quarta-feira (30), mas não havia previsão de quando o restante do 13° seria pago.

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Estamos confiantes de que o movimento venha a surtir efeito e chegue aos ouvidos do poder público” (Foto: Leitor)

“O 13° é uma gratificação natalina, mas a maioria utiliza para pagar as despesas no início do ano, como IPVA, IPTU e todos os profissionais não estão conseguindo cumprir com as obrigações. Estamos confiantes de que o movimento venha a surtir efeito e chegue aos ouvidos do poder público”, informou.

Conforme a assessoria de imprensa da Santa Casa de Campo Grande, 74% do 13° já foi pago e estão faltando 2 parcelas. “Ficaram faltando duas parcelas e a gente propôs para os próximos vencimentos, com a condição de que se entrar dinheiro, a gente adianta o pagamento. É o que o hospital pode fazer, estamos aguardando o repasse de R$ 24 milhões para a Unidade do Trauma, desde outubro do ano passado e ninguém pagou nada até hoje. Saúde não tem preço, mas tem custo”, informou a assessoria.

Os trabalhadores da área de enfermagem da Santa Casa afirmaram que a greve só vai acabar quando o restante do pagamento for efetuado. “Agora estamos preocupados porque se não conseguiram quitar essas parcelas, como fica a folha de pagamento para o salário do mês de fevereiro?” questionou Rojas.

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