Buscar

Conheça a nova geração de atletas de Mato Grosso do Sul

A jogadora de vôlei Talita, nascida em Aquidauana, formou a dupla com Larissa

Cb image default
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil (Author), CC Public Domain

Uma nova safra de atletas nascidos no Mato Grosso do Sul vem colecionando grandes resultados e importantes títulos pelo mundo afora. Seja em modalidades olímpicas como judô, vôlei de praia e natação, seja nas paralímpicas como futebol de sete, atletismo e canoagem, essa geração sul-mato-grossense leva o nome do Estado aos quatro cantos do planeta com muita garra e dedicação.

Nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, o Mato Grosso do Sul enviou três atletas entre os 465 representantes da delegação brasileira (número um pouco menor se comparado com as Olimpíadas de Londres em 2012, quando cinco atletas representaram o Estado). Foram eles: Talita, do vôlei de praia; Rafael Silva “Baby”, do judô; Leonardo de Deus, da natação.

Cb image default
Roberto Castro (Author), CC Public Domain

A jogadora de vôlei Talita, nascida em Aquidauana, formou a dupla com Larissa e eram cotadas pela Confederação Brasileira de Vôlei como favoritas ao ouro olímpico. Infelizmente, a dupla caiu nas semifinais e perdeu a disputa do bronze para as lendas norte-americanas Kerri Walsh e April Ross.

Com a quarta colocação, Talita repetiu seu desempenho nas Olimpíadas de Pequim em 2008. O revês na competição, entretanto, não apaga o vitorioso currículo da jogadora. Dentre suas principais conquistas, destaca-se o primeiro lugar no Sul-Americano de 2014, o ouro no Circuito Mundial em 2013, além do tricampeonato do Circuito Brasileiro (2009, 2014 e 2015).

Cb image default
Agência Brasil Fotografias (Author), CC Public Domain

Já no judô, o campo-grandense Rafael Silva “Baby” fez história ao garantir sua segunda medalha de bronze em Jogos Olímpicos. Na edição de Londres, em 2012, Baby havia se tornado o primeiro judoca brasileiro a conquistar uma medalha na categoria pesado (acima de 100 quilos).

Quatro anos depois, no Rio de Janeiro, Baby repetiu a dose derrotando Abdullo Tangriev, do Uzbequistão. Vale ressaltar que em 2015 uma séria lesão quase fez Baby desistir do esporte. Essas duas medalhas olímpicas somam-se a outras conquistas importantes como a primeira colocação nos Jogos Sul-Americanos de 2010 e a medalha de prata no Pan-Americano de 2011.

Saindo dos tatames direto para as raias da piscina, Leonardo de Deus, natural de Campo Grande, representou o país nos 200 metros costas e 200 metros borboletas. O nadador terminou ambas as provas na décima-terceira colocação e não conseguiu alcançar as finais. No entanto, seu currículo impõe respeito: um ouro e duas pratas no Pan-Americano de 2011 e três ouros no Pan-Americano de 2015.

De toda forma, o grande destaque do Mato Grosso do Sul se deu nas Paralimpíadas. Doze atletas representaram o nosso Estado e se juntaram aos 278 paratletas brasileiros. Juntos, conquistaram uma medalha de ouro e prata no atletismo e outra de bronze no futebol de sete.

O nome de maior destaque entre esses 12 atletas sul-mato-grossenses é, sem dúvida, a recordista mundial de salto em distância Silvânia Costa.

Nascida em Três Lagoas, Silvânia conquistou duas medalhas na Rio 2016: ouro no salto em distância (categoria T11) com a marca de 4,98 metros e prata no revezamento 4x100. O desempenho fenomenal garantiu a ela uma indicação ao troféu de Atleta da Galera no Prêmio Paralímpico 2017. Ainda em 2017, Silvânia garantiu o recorde brasileiro, o recorde das Américas, o ouro no Pan-Americano de Toronto e o ouro no Mundial do Catar.

No futebol de sete, oito jogadores sul-mato-grossenses ajudaram o Brasil a conquistar a medalha de bronze. Cinco deles atuam pelo Caira (Leandro Amaral, Marcos dos Santos Ferreira, Fabrizio Arlindo de Oliveira, Maycon Ferreira de Almeida e Wesley Martins de Souza) e três defendem as cores do Vasco da Gama (Hudson Hyure do Carmo Januário, Igor Romero da Rocha e Fernandes Celso Vieira). Na disputa do bronze, o Brasil venceu a Holanda por 3 a 1.

Os outros paratletas sul-mato-grossenses na Rio 2016 foram a judoca Michele Ferreira, o corredor Yeltsin Jacques e a canoísta Débora Benevides.

Um outro esporte onde tem sul-mato-grossense dando as cartas... É o poker! Saulo Sabioni, nascido na capital Campo Grande, firmou-se como a maior revelação da modalidade no Brasil em 2018. Saulo havia despontado em dezembro de 2017, quando abocanhou o troféu do Main Event no BSOP Millions 2018.

Em março de 2018, Saulo terminou na quinta colocação do BSOP Brasília, mostrando que veio pra ficar. E apenas dois meses depois, em maio de 2018, Saulo venceu a final do BSOP Natal, no Rio Grande do Norte, escrevendo seu nome como o primeiro bicampeão da história do maior campeonato de poker brasileiro.

Também no futsal, os atletas de Mato Grosso do Sul se destacam entre os melhores do mundo. Jéssika Karoline Manieri e Marcênio Ribeiro, das seleções brasileiras feminina e masculina, ficaram entre os dez melhores do mundo em eleição realizada pelo site Futsal Planet. Jéssika, que coleciona os títulos da Libertadores da América e o Campeonato Mundial Universitário, ficou na décima colocação. Já o ala Marcênio, que atualmente defende o Gazprom-Yugra da Rússia, ficou na quinta posição.

Como podemos ver, talentos não faltam no Mato Grosso do Sul. Independente da modalidade, nossos atletas são uma fonte inesgotável de orgulho ao Estado e nos darão ainda mais alegria nos próximos anos.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.