Publicado em 23/06/2021 às 15:06, Atualizado em 23/06/2021 às 19:07

“Ela nunca foi uma mãe agressiva”, diz pai de bebê morta

"Desde que começou a frequentar a igreja, começou a ver o chip da besta", afirmou o ex

Diário Digital,
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Foto Luciano Muta

Durante entrevista ao programa Balanço Geral MS, da TV MS Record, desta quarta-feira, 23 de Junho, o pai da criança relatou o momento de luto e afirma que não consegue acreditar que a ex-namorada tenha feito tamanha crueldade.

O crime bárbaro que abalou toda a população. Uma bebê de cinco meses foi morta afogada pela própria mãe identificada como Gabrieli Paes da Silva de 21 anos ontem (22), na Vila Bandeirantes, Em Campo Grande.

O pai da bebê afirmou que não era casado com a suspeita, mas sempre mantinha contato com ela. Na tarde desta terça-feira (22), ele havia ligado e perguntado sobre a filha, a mesma havia afirmado que a menina estava bem. Mas naquele momento a criança já estava morta segundo médicos, que atenderam a vítima na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Leblon.

Ainda de acordo com o pai, a mulher estava estranha nos últimos dias. Conforme ele, a mãe da criança havia começado a frequentar uma igreja e sempre comentava a respeito "do chip da besta", chip esse que a suspeita alega ter visto na criança por isso a matou.

Sobre o relacionamento, o pai afirma, que a mulher era problemática, mas que não era capaz de fazer mal a filha. "Ela nunca foi uma mãe agressiva , nunca bateu como estão dizendo, nunca presenciei ela levantar a voz para minha filha. Acredito pelo fato dela sempre falar no chip da besta, achar que sempre havia alguém seguindo ela, acabou fazendo uso de álcool e droga e acabou matando minha filha", afirmou.

Quanto aos indícios de violência sexual, o pai afirma que o MOL -(Instituto de Medicina e Odontologia Legal) tem 15 dias para entregar o laudo afirmando se houve ou não abuso. Durante entrevista o pai confirmou que a mãe andou com a criança na casa de amigas com a menina morta dentro do carrinho.

O caso:

Na noite desta terça-feira (22), uma mulher levou um bebê de cinco meses à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Jardim Leblon na Capital. A bebê já chegou sem vida ao local e com ferimentos nas partes intimas da criança.

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, efetuou a prisão em flagrante da mãe do bebê pela prática dos crimes de homicídio doloso e estupro de vulnerável contra a sua filha, de cinco meses, por havê-la matado afogada, tendo sido constatado, ainda, pelos médicos que verificaram o óbito, lesões indicativas de abuso sexual.

A autora confessou ter afogado a criança embaixo do chuveiro, mas nada declarou a respeito das lesões encontradas na região genital da vítima. O caso será encaminhado para a DEPCA a fim de dar continuidade nas investigações.