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Em depoimento, suspeita de participação em desaparecimento de Jandira diz que jovem morreu durante aborto

Vanuza Vais Baldacine, suspeita de dirigir o carro que levou Jandira até clínica de aborto (Foto: Reprodução / Extra)
Jandira desapareceu no último dia 26 de agosto (Foto: )

Vanuza Vais Baldacine, suspeita de ter dirigido o carro que levou a auxiliar administrativa Jandira Magdalena dos Santos para uma clínica clandestina de aborto, disse, em depoimento à polícia, que a jovem morreu após complicações na cirurgia, realizada no último dia 26 de agosto, data em que ela desapareceu. Vanuza, no entanto, não deu detalhes de onde o corpo de Jandira teria sido escondido, a pedido do seu advogado, Juarez Rezende.

A família da jovem ainda aguarda o resultado de um exame de DNA, feito na semana passada, para saber se um corpo encontrado em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, é dela. Agentes da polícia militar encontraram um corpo carbonizado, com braços e pernas cortados e sem arcada dentária, dentro de um carro com as mesmas características do usado por Vanuza — um Gol branco, de quatro portas.

A polícia ainda procura por outros quatro suspeitos de participação na quadrilha especializada em abortos comandada por Rosemere Aparecida Ferreira, que foi presa na semana passada. Um dos foragidos é Carlos Augusto Graça de Oliveira, suspeito de ter atuado como médico na cirurgia de Jandira. Ele já foi preso duas vezes por exercer ilegalmente a medicina. Até o momento, estão presos — além de Vanuza — Rosemere Aparecida Ferreira, suspeita de liderar a quadrilha, Marcelo Eduardo Medeiros, dono da casa que servia como clínica, e Mônica Gomes Teixeira, esposa de Marcelo e recepcionista da clínica clandestina.

Entenda o caso:

Jandira, de 27 anos, está desaparecida desde o dia 26 de agosto. De acordo com os parentes da jovem, ela decidiu interromper uma gravidez de três meses e duas semanas e conseguiu, por meio de amigas, o contato de Rose, que seria responsável por administrar uma clínica clandestina de aborto.

Segundo o ex-marido dela, Leandro Brito Reis, Jandira pediu para ser levada naquele dia à rodoviária de Campo Grande, local que teria sido escolhido como ponto de encontro para que ela fosse encaminhada até a clínica. Segundo ele, o carro que foi buscá-la — um Gol branco, de quatro portas — era conduzido por uma mulher magra, de cabelos louros, que teria lhe dito para esperar na rodoviária, para onde a jovem seria levada de volta.

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