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Em MS, plantio de soja chega a 60% da área, em 1,5 milhão de hectares

Após o período de estiagem, o plantio da soja alcançou os 60% do total da área destinada à cultura em Mato Grosso do Sul. Segundo especialistas, a seca não irá comprometer a produtividade da oleaginosa, mas já preocupa o andamento do milho safrinha em 2015, que terá pouco tempo para se desenvolver.Dados do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga) revelam que 60% dos 2,3 milhões de hectares previstos para cultivo do grão nesta safra já foi semeado, o equivalente a 1,56 milhões de hectares. No mesmo período do ano passado, 90% da área já havia sido plantada.Entre os municípios com plantio mais adiantados estão Amambai e Aral Moreira, com 90%, e os mais atrasados são Pedro Gomes e Sidrolândia, que plantaram apenas 50% da área prevista para esta safra.O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS), Maurício Saito, estima perdas elevadas com o atraso no ciclo desta safra. “O plantio de milho de 2015 sofrerá impacto, pois o cultivo depende de dois importantes fatores: da luminosidade, que fica comprometida com os dias mais curtos do inverno, e do clima, com maior risco de perdas devido a geada”, explica.Enquanto a última safra de milho atingiu 8,3 milhões de toneladas, a expectativa mais otimista para o ciclo 2014/2015 fica em torno de 8 milhões de toneladas . Mato Grosso do Sul é o 3º maior produtor no ranking nacional do cultivo de milho e deverá cultivar 1,6 milhão de hectares de milharais.Apesar disso, no caso da soja, se o volume de chuva se mantiver na normalidade até o final de março, não haverá problemas com a colheita nem com a produção, segundo Saito. Mato Grosso do Sul não foi o único atingido pela estiagem, pois Mato Grosso e Paraná, importantes produtores de grãos, também sentem os reflexos do período de seca.Segundo o presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalpasquale, o clima tem provocado mudanças também fora do país. “O frio rigoroso acompanhado de forte geada nos Estados Unidos atinge a lavoura de milho e afeta consideravelmente a oferta. Melhor para o Brasil, já que o mercado favorece ao preço do grão”, comenta Almir.

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