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Enfermeiro fotografa dia a dia em hospital: “Não somos heróis”

Algumas das imagens, feitas no único hospital de Cremona, na Itália, foram postadas no Instagram e têm emocionado o mundo

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Profissional agachado, com a mão sobre a cabeça, sendo consolado por uma colega

Paolo Miranda é um enfermeiro italiano apaixonado por fotografia. Diante do caos no país, que é o atual epicentro do surto do novo coronavírus no mundo, ele decidiu registrar o dia a dia dos profissionais de saúde, que estão na linha de frente desta batalha.

Algumas das imagens, feitas no único hospital de Cremona, na Itália, foram postadas no Instagram e têm emocionado o mundo. “Estou tentando capturar o máximo de momentos possível, esperando, no final, poder contar uma história através de imagens que nos ajudarão a refletir o futuro”, escreveu em uma foto, em que aparece com máscara e macacão, segurando uma câmera fotográfica.

Paolo Miranda é um enfermeiro italiano apaixonado por fotografia. Diante do caos no pais, que é o atual epicentro do surto do coronavírus no mundo, ele decidiu registrar o dia a dia dos profissionais de saúde 

As imagens, feitas no único hospital de Cremona, na Itália, foram postadas nas redes sociais e têm emocionado o mundo.Paolo Miranda

Uma das fotos mais emocionantes, um profissional aparece agachado ao chão, com a mão sobre a cabeça. Uma colega o consola. Paolo Miranda

Em uma das fotos mais curtidas, um profissional aparece agachado ao chão, com a mão sobre a cabeça. Uma colega o consola. Na legenda, Paolo fez questão de lembrar: “Nós não somos heróis, somos profissionais e, acima de tudo, pessoas”.

Em outra, duas mulheres aparecem se abraçando. Segundo o enfermeiro, foi um momento de felicidade após uma delas testar negativo contra o coronavírus. “O medo do contágio é forte entre nós, profissionais da saúde”, explicou.

Em entrevista a BBC, Paolo desabafou que uma das coisas mais difíceis para eles é a solidão na hora da morte de um paciente.

No último mês, para evitar contágio, foi proibida a presença de visitantes para pacientes internados nas UTIs. “Normalmente, quando os pacientes morrem na UTI, estão cercados de família. Há dignidade na morte. Agora, estamos tratando pessoas que estão basicamente abandonadas a si mesmas. Morrer sozinho é algo muito feio. Não desejo a ninguém”, falou à publicação.

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