Espancada ao reagir à cantada morre após 4 meses de internação no RJ

Após quatro meses de internação, uma diarista morreu na última sexta-feira (22), em Niterói, Região Metropolitana do Rio, vítima de complicações decorrentes de pauladas que levou na cabeça, segundo testemunhas, após reagir a cantadas. Michelle Ferreira Ventura, de 30 anos, estava internada no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal). Um suspeito foi preso e será julgado em agosto.

O enterro aconteceu no sábado (23), no Cemitério de no Cemitério Maruí, no Barreto, Niterói, e foi marcado por dor e indignação de amigos e familiares da vítima.

Michelle estava internada em estado grave desde o dia 14 de março, quando deu entrada no hospital depois de, segundo testemunhas, ter sido golpeada na cabeça. O suspeito foi preso no início de abril por policiais da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói. 

O G1 questionou a polícia sobre a identificação dele, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem.

Segundo Bruna Ferreira, irmã da vítima, testemunhas contaram à polícia que Michelle foi tirar satisfação com o suspeito por não gostar dos assédios diários que sofria. Ele não teria gostado e a agrediu. "Segundo as testemunhas, ele tinha a intenção de matar, só bateu no lado direito da cabeça. Ficamos bem tristes com a notícia da morte dela, porque a gente esperava sua recuperação. É revoltante saber que esses casos não têm a devida atenção que deveria. Nos outros países não é assim", lamentou.

Bruna ainda informou que a irmã conhecia Leonardo, mas que eles nunca tiveram nenhum relacionamento. "Dizem que ela não gostou das cantadas dele e, por isso, ele a matou. Mas eu não sei quem ele é. Dia 25 de agosto vai ter o julgamento desse monstro, mas não quero saber dele", indignou-se.

Nos últimos dois meses, Michelle já não se comunicava, mas respondia a alguns estímulos. "Ela passou por uma cirurgia para a retirada de coágulos há pouco tempo e reagiu bem, o problema é que ela teve muita infecção e acabou tendo essas paradas cardíacas". Ainda segundo parentes, Michelle deixou três filhos.