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Esposa de servidor investigado gastou, em um ano, quase R$ 1 milhão em joias

Em um dia, parente de investigado comprou R$ 31,5 mil em loja na Avenida Afonso Pena

(Foto: Paulo Ribas / Correio do Estado)

O grupo de promotores da força-tarefa do Ministério Público Estadual formado para investigar a Operação Lama Asfáltica identificaram que a esposa de um servidor público gastou em um ano R$ 904 mil com compra de joias.

A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira, na sede do MPE, em Campo Grande. Os promotores não divulgaram nomes.

De acordo com a investigação, o salário do servidor público estadual, que não teve o nome revelado, não tinha salário compatível para que fosse feita compras de quase R$ 1 milhão.

Relatório do MPE mostrou que muitos produtos foram comprados em loja na Avenida Afonso Pena, na Capital. A relação tem colar de ouro no valor de R$ 24.602,85, comprado em 1º de setembro de 2015; anel de ouro no valor de R$ 10.160,78, adquirido em 8 de agosto do ano passado; além de outro anel, avaliado em R$ 8.049,08, que fora comprado em 9 de agosto.

Algumas dessas joias foram compradas em dias seguidos, como 8 e 9 de agosto, ou no mesmo dia, como aconteceu em 1º de setembro. Nessa data, a mulher do servidor gastou na loja R$ 31.581,65 de uma só vez.

Achamos que foge de um padrão comum a um servidor público a aquisição de R$ 904 mil de joias. Sendo que quantia vultosa desse montante foi paga em dinheiro. É uma situação anormal, destacou o promotor Thalys Franklyn de Souza.

A investigação aponta que há outros servidores que gastaram quantias que chamaram a atenção, mas não foram dados outros exemplos.

LAMA ASFÁLTICA

Na 1ª fase da operação, que durou seis meses, 40 pessoas foram denunciadas à Justiça Estadual. A investigação apura terceirização ilegal de obras públicas, enriquecimento ilícito de servidores do governo do Estado e a morte de peixes do Aquário do Pantanal, empreendimento que era para ficar pronto no final de 2014, mas hoje não há data para conclusão.

Para tentar garantir o ressarcimento dos prejuízos, o MPE pediu à Justiça Estadual o bloqueio de R$ 84 milhões de empresas, pessoas físicas e servidores públicos investigados. O pedido ainda não foi deferido por juiz. Os promotores não confirmaram.

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