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Foto mostra bebê rodeado de seringas que possibilitaram seu nascimento

A luta de uma mulher para conseguir realizar o sonho de sua vida e ter um filho se transformou em uma foto de impacto, que tem feito sucesso nas redes sociais ao mostrar um bebê recém-nascido rodeado por seringas, com a palavra “amor” no círculo incomum. A história por trás da imagem não é menos forte e alerta para um problema que interrompe muitas gestações.Além do amor crescente, cada dia da gravidez de Renata Simão foi marcado por uma injeção, necessária para garantir que o bebê conseguisse chegar ao mundo. Ao todo, durante oito meses e meio, foram 257 aplicações, que começaram logo após a confirmação da gestação e só terminaram na antevéspera do parto.Renata, de 31 anos, teve que se submeter ao tratamento porque foi diagnosticada com trombofilia, condição que altera sua coagulação e a deixa mais suscetível a desenvolver um coágulo (ou trombo), principalmente durante a gravidez.Antes de conceber o pequeno Enzo, que têm menos de um mês de vida, ela já havia passado pela interrupção de duas gestações até ter o problema descoberto. Quando seu médico descobriu o que havia de errado, prometeu que a ajudaria a ter um filho, mas avisou que deveria fazer um tratamento com heparina, um tipo de anticoagulante.Subcutânea, a injeção pode ser aplicada nas dobras da barriga, coxas ou braços, mas não é considerada dolorosa. Quando teve que começar o tratamento, porém, a expectativa de finalmente conseguir realizar o sonho de ser mãe travou Renata.

A primeira injeção foi terrível. Uma mistura de medo, esperança. Fiquei uma hora para conseguir me aplicar, lembrou. Liguei para minha mãe e falei que não ia conseguir. Ela mandou fechar os olhos e pensar no filho que estava na minha barriga.O mais sofrido pra quem tem trombofilia é não poder comemorar o [resultado] positivo. Você vive uma mistura de felicidade e incerteza, pois mesmo tomando as injeções pode perder a criança, explicou.Embora tenha ficado apreensiva e só acreditar que tudo correu bem ao segurar o filho nos braços, Renata disse que, somando tudo, a gravidez foi tranquila.Meu médico, o doutor Felipe Brandão de Carvalho, foi um anjo. Apesar dos medos, a gravidez foi muito tranquila – eu até caí duas vezes, lembrou. 

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