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Homens negros são a maioria das vítimas em mortes por arma de fogo

Estado teve 164 mortes em 2014, segundo o Mapa da Violência 2016.Vítimas têm entre 15 e 29 anos; Tocantins teve crescimento de 17,1%.

(Foto: Reprodução)

O Tocantins registrou 164 mortes por arma de fogo em 2014, sendo que a maioria é de homens negros. O dado faz parte do Mapa da Violência 2016, divulgado nesta quinta-feira (25). Segundo o estudo, houve um crescimento de 17,1% nessas mortes em relação ao ano anterior. O estado ocupa a 24ª posição no ranking por estados.

O estudo foi coordenado pelo professor e sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, diretor de pesquisa do Instituto Sangari e coordenador da Área de Estudos sobre Violência da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO). O Brasil registrou 57 mil homicídios em 2014, cerca de 6,5 assassinatos por hora.

Sexo e corOs homens são maioria dos casos de mortes por arma de fogo. Conforme o estudo, foram 150 em 2014. No mesmo período, 13 mulheres foram assassinadas. Em ambos os sexos, a maior quantidade das vítimas tinham entre 15 e 29 anos.

Em relação a cor da pele, a grande maioria das vítimas é de negros: foram 122. Por outro lado, 37 brancos morreram vítimas de arma de fogo em 2014. O levantamento compara apenas brancos e negros.

PalmasA capital ocupa apenas a 22ª colocação entre as capitais, segundo o Mapa da Violência. Em 2014, foram 41 mortes por arma de fogo. O que representa um aumento de 32,3% em relação a 2013, quando 31 pessoas foram mortas.

Ainda conforme o estudo, são 14,5 mortes a cada 100 mil habitantes. Em todo o estado foram 11,2 mortes a cada 100 mil moradores.

Mortes por armas de fogoNesta quinta-feira (25), Waiselfisz divulgou o Mapa da Violência 2016. Nele, o pesquisador detalha os homicídios cometidos por armas de fogo no país, que somaram 42.291 casos em 2014, ou 21,2 para cada 100 mil habitantes. Em 2004, essa taxa era de 20,7.

"Ficou evidente, nesse estudo, o progressivo, sistemático e ininterrupto incremento dastaxas de homicídio por arma de fogo", escreveu o pesquisador.

O G1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública para comentar os dados, mas ainda não houve resposta.

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