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Idosa morre minutos depois de tomar vacina contra H1N1, em Goiânia

Segundo Samu, vítima teve uma parada cardiorrespiratória. Superintendente da SMS diz que caso será investigado, mas que 'quadro apresentado não é compatível com reação adversa da vacina'.

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Divulgação

Uma idosa de 69 anos morreu na manhã desta quarta-feira (18) minutos após tomar a vacina contra H1N1, no Centro Municipal de Vacinação, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Maria da Conceição Macedo Silva sofreu uma parada cardiorrespiratória. A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informou que é "prematuro" relacionar a morte com a vacina.

A mulher, que tinha pressão alta, estava acompanhada do marido e de dois filhos. Ela chegou ao local por volta de 6h e aguardou pouco mais de duas horas para ser vacinada. Logo após ser imunizada, a vítima passou mal e desmaiou na calçada. Um dos filhos dela contou à TV Anhanguera que ela não se queixou de nada antes de passar mal.

Uma funcionária do Centro Municipal de Vacinação foi até a rua e fez sinal para uma equipe do Corpo de Bombeiros, para pedir ajuda. Pouco depois, chegaram funcionários do Samu. O filho da idosa segurou o soro com adrenalina enquanto médicos faziam massagem cardíaca. Às 9h25, os socorridas informaram que ela não resistiu.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim, afirmou que a morte não apresenta relação com a imunização.

"O quadro apresentado não é compatível com reação adversa da vacina. Tudo leva a crer que ela teve um infarto. Mesmo assim, o corpo será levado ao SVO [Serviço de Verificação de Óbito] para que a causa da morte seja investigada e definida", disse ao G1.

Flúvia pontua que em casos de reação anafilática à vacina o paciente apresenta sintomas como coceira, coriza e inchaço da garganta. No caso da idosa, conforme ela, houve uma morte súbita.

Em nota enviada ao G1, a SMS informou que "é prematuro relacionar que o óbito foi provocado pela vacina contra a gripe". O comunicado pontuou ainda a bula do medicamento não apresenta "nenhuma relação das doses com morte súbita", como foi o caso de Maria.

Ainda segundo o órgão, as vacinas são "seguras e bem toleradas". A secretaria disse ainda que tem mais de 100 mil doses já administradas desde o começo da campanha e que não houve notificação de caso de adversidade grave após a imunização.

A coordenadora-técnica da Central Municipal de Vacinação, Fernanda de Sousa Gouveia Pio, prestou o primeiro atendimento à idosa e conta que ela era hipertensa. "Tudo indica que foi uma parada cardiorrespiratória. Ela fazia acompanhamento para hipertensão no Cais Nova Era e a família disse que ela não tinha tomado a medicação hoje", afirmou.

Ela explicou que foram feitos todos os procedimentos de socorro de maneira muito rápida. A coordenadora reforçou ainda que a morte da mulher na tem ligação com a vacina.

"Foi um triste coincidência. A vacina demora algumas horas para apresentar qualquer reação, e ela não tinha sinais de alergia à medicação após ter caído na saída da unidade", completou.

Reações à vacina

A superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim, informou que quem tiver qualquer reação à vacina até 30 dias depois da aplicação deve procurar o posto onde foi imunizado e relatar o ocorrido.

A secretaria alertou para que as pessoas que procuram se vacinar fora das unidades públicas de saúde para que tomem cuidado. Segundo o órgão, apesar de não haver nenhuma denúncia formal, o medo da população pode gerar oportunidades de golpes de empresas que não têm autorização para realizar aplicações das vacinas.

No caso de desconfiança, é preciso checar o alvará sanitário da companhia com a Vigilância Sanitária de cada município. O número para denunciar irregularidades ao estado é: 0800-643-3700.

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