Impedir mulheres de amamentar o filho em público pode dar multa em SP

Agora é lei em São Paulo: toda mulher tem o direito de amamentar o filho em qualquer lugar, sem ser incomodada. Quem não respeitar pode ser multado.

Para Patrícia, é natural: “Se está com fome, ela já se posiciona, ela já procura”.

Márcia diz que se o Davi, de três meses, tem fome, ela dá o peito. Mesmo quando tem gente olhando torto. Se reclamar, também, eu não vou mudar minha atitude. Vou continuar amamentando, porque é um direito que a gente tem”, opina Márcia Fernandes, vendedora e mãe do Davi.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que a alimentação do bebê seja, exclusivamente, no peito até os seis meses de vida e, pelo menos, até os dois anos, incluindo outros alimentos. Mas nem todo mundo acha isso natural. Várias mulheres já foram reprimidas por dar de mamar em lugares públicos. Surgiu então o mamaço, um jeito das mães protestarem.

“Nós todas acreditamos que não exista lugar para amamentar. Todo mundo pode amamentar livremente aonde bem entender, e o Estado tem como obrigação apoiar essa mulher”, defende Fabíola Cassab, do Grupo de Mães Matrice.

Para que não haja mais dúvidas quanto ao direito que toda mãe tem de amamentar o bebê, a cidade de São Paulo agora tem uma lei sobre o assunto. Todo o estabelecimento do município, seja um comércio, um ponto cultura, de lazer ou de prestação de serviço público ou privado deve permitir a amamentação.

O estabelecimento que proibir ou constranger a mulher de amamentar pode ser multado em R$ 500. Uma lei que vai ajudar a proteger as mães.

“É importante que a sociedade hoje em dia olhe para a amamentação como um direito. Tem que ser visto como natural, importante. Você está favorecendo o desenvolvimento e o crescimento de um futuro cidadão”, diz Fabiana Müller, coordenadora da IBFAN Brasil.

“É bom para você, é bom para a criança e é um gesto de amor”, disse uma mãe.