Justiça já começa a buscar família para adotar bebê abandonado no Aero Rancho

A Vara da Infância, da Adolescência e do Idoso de Campo Grande já iniciou processo de busca por nova família para o bebê que foi abandonado dentro de caixa de papelão no Bairro Aero Rancho, em fevereiro deste ano. A mãe ainda não foi localizada.

A juíza Katy Braun do Prado explica que o bebê do sexo masculino passou por série de exames, já que a mãe não teria passado por pré-natal. A procura por esse registro foi feita na rede de saúde da Capital, na investigação que tentava identificar e localizar a mulher.

Segundo Katy Braun, são exames de rotina, mas que alguns resultados ainda não estão prontos. Somente depois da avaliação médica final é que o bebê entrará oficialmente na fila de adoção. 

Porém, as buscas pela família já começaram dentro da lista de 30 mil famílias que constam no SNA (Sistema Nacional de Adoção). Os pretensos pais serão chamados para adoção, conforme ordem cronológica de habilitações.

Não há informação se o inquérito aberto para apurar o crime de abandono de incapaz foi finalizado sem autoria ou foi prorrogado pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), responsável pela investigação. 

O bebê foi encontrado no dia 1º de fevereiro, dentro de caixa de papelão, no cruzamento das ruas Congonhas do Campo e Areia Branca, no Aero Rancho. A estimativa é que ele tenha nascido 24 horas antes.

Sistema – Historicamente, a preferência da lista das famílias é por bebês ou crianças com até 2 anos de idade, porém, há muitos, acima dessa idade, à espera da adoção.

Atualmente, há 4.225 crianças adotáveis no Brasil, 107 em Mato Grosso do Sul.

Quem estiver interessado em ingressar no programa de adoção deve entrar em contato com a Vara da Infância, da Juventude e do Idoso pelo 3317-3444 e passar pelo CPA (Curso de Preparação à Adoção).

Na Vara da Infância, os interessados recebem orientações sobre a participação no programa de preparação. Após a capacitação, poderão apresentar pedido formal de habilitação, com os documentos previstos na lei.

Essas pessoas ainda serão avaliadas por psicólogos e assistentes sociais para verificar se reúnem as condições necessárias para adotar criança. Depois de aprovados, passam a ingressar o SNA.