Buscar

Lei que libera depósitos de agroquímicos gera polêmica 

A proposta prevê instalação de locais de armazenagem “independentemente da distância de residências, em zonas rurais, urbanas mistas, comerciais ou industriais”.

Um projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul está reacendendo a polêmica sobre a localização dos depósitos de agroquímicos. A proposta prevê instalação de locais de armazenagem “independentemente da distância de residências, em zonas rurais, urbanas mistas, comerciais ou industriais”.

O projeto (PL 154/2014), que está na Comissão de Constituição e Justiça, foi apresentado pelo deputado estadual Marlon Santos. O conteúdo é muito similar a uma iniciativa proposta no ano passado pelo deputado estadual Gilmar Sossella – atual presidente da Casa – e que foi retirado a pedido do próprio autor.

Marlon, que é produtor de alho e feijão, afirma que o texto do colega Sossella era muito abrangente, e que o seu agora é mais enxuto. Na avaliação do deputado, a preocupação principal não deve ser com os depósitos, mas com as embalagens de defensivos, que segundo ele já têm regras rigorosas, que precisam ser fiscalizadas.

O deputado é direto ao criticar a lei vigente, que estabelece distância mínima de 30 metros entre depósitos e residências: “O Estado está burocratizando e invalidando a competência do governo federal”.

Na opinião da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a proposta contraria os critérios de licenciamento ambiental utilizados desde 2003 para proteção do ambiente e das pessoas residentes no entorno dos depósitos de agrotóxicos. Para Marta Elisabeth Labres, chefe do Serviço de Licenciamento e Controle de Agrotóxicos, a aletração beneficiaria algumas poucas empresas que estão localizadas junto a residências.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.